Coronavírus

Ministro responde Lula após ser acusado de ter entrado em hospital somente para "vender plano"

Marcelo Casall Jr./Agência Brasil
Em sua defesa, o médico oncologista Nelson Teich afirmou ter iniciado há carreira no SUS, há 39 anos, e que sempre estará "ao lado dos brasileiros"   |   Bnews - Divulgação Marcelo Casall Jr./Agência Brasil

Publicado em 06/05/2020, às 07h44   Luiz Felipe Fernandez


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O ministro da Saúde, Nelson Teich, respondeu a um tuíte do ex-presidente Lula, no fim da noite desta terça-feira (5), após o petista acusá-lo de não ter tido contado com a rede pública de saúde e só entrar em hospitais para "vender plano".

Teich se defendeu e respondeu que a "propagação de desinformação" é uma das questões mais díficeis em relação à Covid-19. Em sua defesa, o ministro alega ter iniciado a sua carreira no Sistema Único de Saúde (SUS), há 38 anos.

Logo outros usuários notaram o equívoco do ministro, já que o atual modelo de SUS só foi criado efetivamente em setembro de 1988 - 31 anos atrás. Teich agradeceu e corrigiu à citação: "Obrigado pela observação. Quis dizer Sistema Público de Saúde de 1981".

Assim que foi anunciado como substituto do ministro Luiz Henrique Mandetta, que ganhou notoriedade e foi demitido por Bolsonaro por discordâncias em relação às medidas de distanciametno social, um vídeo de 2019 de Nelson Teich em uma palestra, voltou a circular. Nele, o chefe da pasta da Saúde, diz que "escolhas são inevitáveis", em uma fala que explica a diferença no impacto econômico entre optar por salvar a vida de um paciente jovem, ao invés do idoso.

"O mesmo dinheiro que eu vou investir é igual. Só que essa pessoa é um adolescente que vai ter uma vida inteira pela frente, e a outra é uma pessoa idosa que pode estar no final da vida. Qual vai ser a escolha?”, questionou.

Em um vídeo para o canal Grupo Oncologia Brasil, Teich questiona o gasto com equipamentos de saúde, como respiradores, essenciais para tratar pacientes com a Covid-19 em estado grave. Na ocasião, ele diz que o "volume de dinheiro" utilizado foi muito maior do que seria, caso "tivesse parado" para analisar a situação particular do país, em comparação com outras nações afetadas.

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