Coronavírus
Publicado em 11/05/2020, às 12h54 Redação BNews
Um estudo feito por um grupo de pesquisadores ligadp à Universidade de São Paulo, aponta que pelo menos 32 milhões de pessoas podem ficar sem renda e sem direito ao auxílio emergencial por causa do vínculo formal com o trabalho, ou por causa das restrições da lei, que limita os pagamentos a dois beneficiários por domicílio.
O estudo foi feito com base nos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre a composição da força de trabalho. Com isso, 26 milhões de pessoas vulneráveis diante da crise tiveram no passado renda anual superior ao limite para enquadramento no programa, de R$ 28,5 mil em 2018.
Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, apesar do vínculo formal, esses trabalhadores também não poderão contar com o seguro desemprego se forem demitidos, porque não se enquadram nas regras do programa, já que pra isso é preciso ter pelo menos 12 meses de trabalho com carteira assinada num período de 18 meses para pedir o seguro na primeira vez.
Ainda de acordo com os pesquisadores, 6 milhões de trabalhadores não conseguirão acesso ao auxílio emergencial caso sejam atingidos pela crise por causa do limite de beneficiários por domicílio. O grupo ressalta que esse número pode aumentar em decorrência do avanço e a piora da economia nos próximos meses.
A pesquisa diz ainda que 7,4 milhões de trabalhadores em condições de receber o dinheiro, precisam se cadastrar no aplicativo da Caixa, mas não têm acesso à internet ou encontrar sérias dificuldades com a tecnologia adotada pelo governo.
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