Coronavírus

Moradores de 41 cidades baianas não ouvem falar em novos casos da covid-19 há 15 dias ou mais; veja lista

Divulgação/Prefeitura de Conde
Canarana, município de 26 mil habitantes, localizado na Chapada Diamantina não registra novos casos há 50 dias  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Prefeitura de Conde

Publicado em 13/05/2020, às 15h00   Diego Vieira


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O aumento diário dos casos confirmados do novo coronavírus (covid-19) na Bahia tem deixado os baianos em alerta. De acordo com dados da Secretaria da Saúde (Sesab), até esta terça-feira (12), o estado somava 6.204 diagnósticos da doença em 180 municípios. No entanto, os moradores de 41 dessas cidades podem respirar mais tranquilos diante da situação, já que não há novos registros de contaminação há pelo menos 15 dias ou mais no lugar onde moram.

É o caso de Canarana, município de 26 mil habitantes, localizado na Chapada Diamantina. Por lá, o único caso foi registrado no dia 20 de março, ou seja, há mais de 50 dias. O diagnóstico foi de uma mulher que, apesar de ser natural da cidade, mora em São Paulo desde pequena e retornou para a Bahia no dia 17 de março para o enterro do avô. Depois dela, nenhum canaranense - gentílico para quem nasce em Canarana - foi diagnosticado com a covid-19. 

Situação parecida vivem os moradores de São Domingos, a cerca de 250 quilômetros de Salvador. Em março, a cidade também teve um registro confirmado. De lá pra cá, mais de 47 dias, não houve novas ocorrências e atualmente não existe nenhum caso em investigação. O paciente infectado se recuperou.

Não ter novos casos confirmados há pelo menos 14 dias é um dos critérios adotados pelo Governo do Estado para a retomada da circulação do transporte intermunicipal nos municípios baianos que foi suspenso para evitar a proliferação do vírus. Localizada a cerca de 160 quilômetros da capital baiana, a cidade de Conde, por exemplo, não registra novos infectados há mais de 46 dias e por isso teve o serviço de ônibus retomado no dia 13 de abril. 

Apesar de não existir novos casos há mais de 40 dias, Conde segue com as medidas de isolamento e prevenção como a distribuição de máscaras, aferição de temperatura e instalação de pias para higienização das mãos em alguns pontos do município. O único morador contaminado está curado. 

Já em Medeiros Neto, no sul do estado, nenhum morador recebeu confirmação da doença há pelo menos 41 dias, segundo a Sesab. Apesar disso, medidas como o uso obrigatório de máscara nos estabelecimentos comerciais, nas ruas e trânsito foram adotadas no município. 

Adustina, no nordeste do estado, não sofre atualização no número de diagnósticos há 36 dias. No entanto, a cidade que possui população estimada em 17.040 habitantes, registrou um óbito em decorrência do coronavírus. O paciente de 26 anos foi internado em 2 de abril e faleceu no dia 7 do mesmo mês. Conforme a Secretaria da Saúde, ele era hipertenso e obeso. Até a publicação desta matéria, esse foi o único diagnóstico da doença na cidade.

Um óbito por coronavírus também foi registrado em Belmonte, no extremo sul baiano. Uma paciente de 82 anos que estava internada em um hospital em Porto Seguro. A paciente era portadora de diabetes e hipertensão arterial. A morte registrada no dia 14 de abril foi a 23ª na Bahia em decorrência da doença. Em Belmonte, não se ouve falar em novos casos há pelo menos 33 dias, de acordo com a Sesab.

Outros municípios da Bahia também não contabilizam novos infectados pelo vírus há 30 dias ou mais, são eles: Araçi (33 dias); Aurelino Leal (33); Barra (34); Barra do Rocha (36); Brumado (32); Campo Formoso (35); Cansação (32); Euclides da Cunha (33); Itagi (33); Itarantim (36); Itororó (38); Palmeiras (36); Piripá (37); Santa Maria da Vitória (35); Utinga (37). Na maioria das cidades, foi registrado apenas um caso da covid-19. 

Veja a relação das cidades baianas que não registram novos casos da covid-19 há 15 dias ou mais:

Taxa de transmissão na Bahia

A taxa de transmissão do novo coronavírus no estado da Bahia caiu de 40% para 6,4% nos últimos dois meses, de acordo com gráfico obtido pelo BNews. O atual número, no entanto, está acima do desejado pelas autoridades de saúde, o que seria algo em torno de 5%.

No dia 27 de abril, o crescimento médio da doença era de 8,6% ao dia. À época, em sua conta oficial no Twitter, o secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas, falou sobre a necessidade urgente de diminuir a porcentagem para 6%.

Confira o gráfico:

Classificação Indicativa: Livre

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