Neto diz que pode interditar orla de Salvador e critica quem descumpre isolamento: "Podem ser as próximas vítimas"

O prefeito ACM Neto deu uma bronca nos soteropolitanos que aproveitaram a antecipação dos feriados na capital para festejarem e descumprirem as normas de distanciamento social - desde festas particulares até guerra de espadas. O democrata acrescentou que caso seja necessário, não descarta uma interdição de toda a extensão da orla de Salvador.

Neto lembra que um colapso na rede de saúde implicaria na falta de leitos hospitalares para "todo mundo" - não só para os que optam por não respeitarem as regras de isolamento ou os que possuem plano de saúde, por exemplo. O prefeito diz que aqueles que querem usar a antecipação dos feriados de Conceição da Praia, São João e Dois de Julho para se divertirem, não compreenderam que podem ser as "próximas vítimas".

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"Além de ser uma postura ofensiva à cidade, incompatível com o momento que vivemos, que não é de celebração, de comemoração, de diversão, talvez muitos ainda não se deram conta que amanhã ou depois, infelizmente, podem ser as próximas vítimas.", lamentou o democrata durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (26), na inauguração da reforma do Hospital Sagrada Família para atender pacientes com a Covid-19.

"Não se deram conta que não interessa se você tem plano de saúde particular, se pode pagar médico, se o colapso chegar, vai faltar leito para todo mundo, na rede pública e particular, não haverá diferença", completou.

Cenário para a prática de atividades físicas, a orla da capital baiana pode ser interditada, afirma o prefeito, como aconteceu no bairro da Pituba. Apesar da restrição e barreiras nas praias, nos últimos dias o BNews flagou também surfistas descumprindo as medidas de isolamento social, com base na orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Eu já disse e vou repetir, não gostaria de adotar uma medida de interdição na orla da cidade. As praias já estão interditadas, não gostaria de interditar a orla, mas se for preciso fechar a orla da cidade toda, vamos fazer. Eu não quero isso, mas se a gente não tiver outro caminho, vamos seguir esse. Um isolamento mal feito, uma suspensão de atividades 'mambembe' nos prende muito mais tempo", alerta.

Neto comparou as normas restritivas a um "remédio amargo", do qual se faz necessário tomar o quanto antes, para não precisar "desse mesmo remédio a vida toda".

"É melhor cumprir rigorosamente os sete dias dentro de casa, se preservando, se cuidando, do que passar o mês de junho todo com atividades suspensas", assegura.'