Coronavírus

OMS nega que evidências concluam que assintomáticos não repassam a Covid-19

Fernando Frazão/Agência Brasil
Nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro indicou que espera uma "reabertura mais rápida" após a divulgação de que a disseminação assintomática do coronavírus seria mais rara  |   Bnews - Divulgação Fernando Frazão/Agência Brasil

Publicado em 09/06/2020, às 11h24   Redação BNews


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A Organização Mundial de Saúde (OMS) nega que estudos tenham concluído de forma definitiva que pessoas sem sintomas não transmitam o novo coronavírus, e que tenha dado com isso qualquer sinal de que esteja defendendo para a possibilidade de uma abertura econômica mais rápida.

As informações são do colunista do portal UOL, Jamil Chade, nesta terça-feira (9). A chefe da unidade de doenças emergentes da entidade, Maria Van Kerkhove, afirmou na última segunda (8) que algumas pesquisas indicam que pacientes assintomáticos têm poucas chances de transmitir a covid-19. 

Na ocasião, ela citou apenas um estudo de pequeno porte feito pela China. Já nesta terça, ela negou que haja uma mudança de recomendação e explicou que a comunidade internacional ainda não sabe dizer qual é a proporção de pessoas transmitindo o vírus. 
Michael Ryan, diretor de operações da OMS, também negou que se saiba se pessoas sem sintomas podem não transmitir.

"Isso é desconhecido ainda", disse. Nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro indicou que espera uma "reabertura mais rápida" após a divulgação de que  a disseminação assintomática do coronavírus seria mais rara. 

Para Ryan, o que se sabe é que a melhor forma de combater o vírus é o de saber onde ele está para poder suprimir a transmissão. O diretor de operações deixou claro que a OMS continua mantendo a mesma recomendação em termos de resposta e que nada mudou por enquanto. 

Também de acordo com a publicação, na mesma coletiva de imprensa, a OMS pediu que o Brasil mantivesse a transparência nos dados e, num recado velado, apelou para que a América do Sul mostrasse liderança política. A entidade também deixou claro que a situação internacional está piorando.

Entre sábado e domingo, o mundo registrou o maior número de casos em seis meses, com 136 mil novos diagnósticos positivos.

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