Coronavírus
Publicado em 22/06/2020, às 13h29 Redação BNews
O segundo ministro da Saúde do governo Bolsonaro, que durou menos de um mês na pasta, Nelson Teich minimizou as declarações do presidente Jair Bolsonaro, que incitou a invasão de hospitais no país para "fiscalizar" a ocupação dos leitos destinados a pacientes com Covid-19.
Para Teich, tudo não passou de "uma forma de falar". Ele compreende a mensagem de Bolsonaro, que na verdade é para estimular a sociedade a "conhecer melhor como o dinheiro está sendo usado".
"Eu acho que tudo é a forma de falar", disse. "Como é que eu vejo essa situação: a sociedade tem o direito de saber como o dinheiro é usado. A gente precisa conhecer melhor como o dinheiro está sendo usado. Agora não é uma pessoa entrando num hospital que vai enxergar isso. A gente tem formas adequadas de buscar informação, tem que inclusive melhorar o retorno da informação", explicou Teich em entrevista ao UOL.
Teich reconhece que a centralização das decisões frente à pandemia na figura de Bolsonaro, não ajudou o trabalho do Ministério da Saúde. Segundo ele, quando não há uma "liderança clara" pode causar uma disputa pelo protagonismo "acima dos interesses do país".
O ex-ministro alega ainda que secretários estaduais e municipais rejeitaram um programa desenhado por ele "para mapear as diferentes cidades do Brasil para discutir a flexibilização do distanciamento".
"Não foi aceito, não teve trabalho em equipe", disse. Caso houvesse consenso, segundo Teich, existiria hoje um plano nacional para ser implementado.
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