Coronavírus

Presidente da Fecomércio questiona critério de taxa de ocupação de leitos para flexibilizar isolamento em Salvador

Carol Garcia/GOV-BA
Na manhã desta terça, o prefeito ACM Neto (DEM) e o governador Rui Costa (PT) anunciaram um planejamento de retomada das atividades econômicas na capital baiana  |   Bnews - Divulgação Carol Garcia/GOV-BA

Publicado em 07/07/2020, às 18h23   Pedro Vilas Boas


FacebookTwitterWhatsApp

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio), Carlos Andrade, questionou o uso pela prefeitura e governo do estado da taxa de ocupação de leitos de UTI como critério para retomar as atividades econômicas em Salvador.

"Foi um avanço a gente ter feito essa [apresentação do planejamento]. Entendemos que é bom pra população, apesar de ter demorado muito. Entendemos que 4 meses foi demais pro comércio, mas, como o nosso objetivo maior não é a economia, é a vida. [...] Mas estamos questionando critério do 'peso' da UTI", afirmou Andrade, em entrevista ao BNews.

Na manhã desta terça-feira (7), o prefeito ACM Neto (DEM) e o governador Rui Costa (PT) anunciaram um planejamento de retomada das atividades econômicas na capital baiana. Shoppings Centers, templos religiosos e comércio de rua passam a funcionar na primeira etapa; academias, bares e restaurantes, salão de beleza e centros culturais estão na fase 2. Parques, teatros e clubes sociais, na fase 3. O principal critério é ter a ocupação dos leitos até 75%, durante 5 dias, para ser iniciada a fase 1.

"Salvador recebe paciente da 'Grande Salvador' [Região Metropolitana] e interior. Se chegar muita gente, nossa taxa não vai cair tão cedo. Então, vamos ficar mais o mês de julho fechado? Queríamos a sensibilidade do governador e prefeito em cima disso", completou o presidente da Fecomércio.

Na avaliação de Carlos Andrade, a taxa de contaminação em Salvador seria uma alternativa melhor. "Devia ter um item que fosse sobre a contaminação na cidade de Salvador", sugeriu.

As fases

Fase 1: Ocupação de leitos de UTI deve ser menor que 75%

Shoppings, centros comerciais e semelhantes, comércio de rua acima de 200 m², templos religiosos e igrejas, drive in. Os shoppings irão funcionar de segunda à sábado - 12h às 20h. Após horário de pico para não gerar confusão no transporte público. Praças de alimentação só em delivery ou take away. áreas comuns - 1 pessoa / 9m². lojas 1/5m². Estacionamento 50% das vagas. Tudo deve ser controlado e portas fechadas. Haverá testagem inicial e a cada 21 dias. Será obrigatório também o uso de máscara e afastamento, proibição de eventos presenciais. 

Comércio de rua - segunda a sexta - 10h às 16h. 1 pessoa 9m². 50% do estacionamento acima de dez vagas. Atendimento prioritário para grupos de risco

Templos e igrejas - 10h às 20h. Segunda a sábado. Domingo sem restrição de horário. 20% da capacidade do salão ou 50 pessoas. Proibidas escolas, aulas e reuniões. fechados para crianças.

Drive-in - eventos com autorização prévia, exclusivamente dentro de veículos fechados. Alimentação nos veículos; lotação do estacionamento com mínimo de 1,5 metro de distância entre veículos. Ingressos exclusivamente online. Haverá pagamentos de alimentos online e banheiros com fila virtual. 

Fase 2: Ocupação dos leitos de UTI deve ser menor que 70%
Academia de ginástica, barbearias, salões de beleza, centros culturais, museus e galerias de arte, lanchonetes, bares e restaurantes

Fase 3: Ocupação dos leitos de UTI deve ser menor que 60%
Parques de diversões e temáticos, teatros, cinemas e demais casas de espetáculos, clubes sociais, recreativos e esportivos, centros de eventos e convenções. 

ACM Neto ressaltou, no entanto, que “Educação, futebol profissional, parques públicos, praias e demais espaços públicos são avaliados separadamente com critérios específicos. Não estão vinculados às fases anunciadas”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp