Apostar em imunidade de rebanho é absurdo e antiético, diz epidemiologista

Em entrevista à BBC Brasil, o epidemiologista Pedro Hallal disse que apostar em imunidade de rebanho para controlar a pandemia do coronavírus é "absurdo e antiético".

“A imunidade de rebanho só acontece com uma vacina — que não existe — ou quando muita gente adquire naturalmente anticorpos. Se hoje já morreram mais de 76 mil pessoas, seria ético esperar contaminar 60% a 70% da população e deixar morrer quase 1 milhão para então atingir a imunidade de rebanho? É óbvio que não. A ideia de mirar a imunidade de rebanho como uma política de saúde é absurda, mal pensada e antiética".

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Um estudo coordenado por ele indicou que, até 24 de junho, 8 milhões de brasileiros já haviam sido infectados com o novo coronavírus. A proposta do epidemiologista, neste momento, é fazer um lockdown rigoroso no Sul e no Centro-Oeste.