Coronavírus

Lojistas e comerciários de Salvador pedem cautela aos clientes na retomada das atividades

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Ainda não há uma estimativa de quantas lojas conseguirão reabrir após os quatro meses de suspensão das atividades  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Google Street View

Publicado em 23/07/2020, às 20h31   Márcia Guimarães


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Os shoppings, centros comerciais e lojas de rua com mais de 200 m² instalados na capital baiana reabrirão nesta sexta-feira (24) e a expectativa é enorme, tanto por parte dos empresários quanto dos consumidores e das autoridades sanitárias. Essas atividades econômicas fazem parte da primeira fase do protocolo de reabertura em Salvador, conquistado após o índice de ocupação de leitos de UTI se manter em até 75% nos últimos cinco dias.

De acordo com o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas-BA), ainda não há uma estimativa de quantas lojas conseguirão reabrir após os quatro meses de suspensão das atividades. Muitas acabaram falindo e demitindo seus funcionários, já outras não tiveram condições de comprar produtos para colocar no estoque, situação que prejudica a sustentabilidade do negócio.

“Acho positivo essa reabertura, é necessário que as lojas entrem em funcionamento, pois não há mais como deixar o comércio fechado. Será uma experiência pra sentir o comportamento do consumidor, se ele vai contribuir pra manter o comércio funcionando ou se haverá uma explosão de pessoas nas ruas, o que pode trazer problemas pra a preservação da vida”, afirmou o presidente do Sindilojas-BA, Paulo Motta.

Ele destacou que será necessário acompanhar o comportamento dos consumidores para avaliar os próximos passos. “O dinheiro está curto, salários não foram pagos durante toda a pandemia, ou seja, a capacidade financeira foi afetada negativamente. Mesmo assim, acredito que demorou demais para reabrir o comércio, isso deveria ter acontecido em abril para reestruturar o comportamento da sociedade e sentir a realidade. Isso teria preservado vidas e a atividade econômica. A incerteza agora é muito grande”, opinou Motta. 

Proteção

O presidente do Sindicato dos Comerciários de Salvador, Renato Ezequiel de Jesus, lembrou que é preciso garantir a segurança dos trabalhadores e dos clientes nesse momento de retomada. Além de citar a necessidade do uso da máscara de TNT, álcool em gel, protetor facial e da higienização das lojas e dos demais ambientes compartilhados, ele apontou que é essencial a testagem recorrente nos consumidores e funcionários.  

“Precisamos valorizar a vida. A economia precisa deslanchar com segurança. Não adianta botar os trabalhadores nos shoppings e não fazer a testagem diária, isso é muito ruim. Os shoppings têm lucros muito altos e os testes não pesariam no orçamento deles. Ao contrário do que aconteceu com as pequenas e médias empresas, que foram sacrificadas, pois não tiveram recursos do governo e a ajuda dos bancos”, elencou Jesus. Ele adiantou que o Sindicato fiscalizará os processos adotados pelos estabelecimentos comerciais para a proteção dos funcionários.

Jesus acrescentou que a palavra de ordem agora é cautela e pediu que as pessoas só compareçam aos shoppings ou aos comércios de rua se realmente tiverem necessidade. “Não é pra ficar olhando vitrine. Se houver aglomeração, vai ser um desastre. Esse vírus é muito perigoso, está crescendo e é preciso ter muito cuidado”, alertou.

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