Coronavírus
Publicado em 02/10/2020, às 18h24 Redação BNews
As primeiras doses da vacina de Oxford/Astrazeneca não chegaram mais ao Brasil em dezembro deste ano. De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o prazo foi adiado para janeiro de 2021.
Inicialmente, o país receberia 15 milhões de doses em dezembro deste ano e outras 15 milhões em janeiro do ano que vem, o que possibilitaria que alguns brasileiros fossem vacinados ainda em 2020. Contudo, o cronograma foi alterado por causa do andamento dos testes da vacina, que está atualmente na fase 3, e a alta demanda mundial.
“O cronograma final com a Oxford ficou para janeiro, iniciar em janeiro a entrega inicial de 30 milhões. E, na sequência, 70 milhões de insumos de farmacológicos para que a gente fabricasse no Brasil pela Fiocruz. Há uma cláusula no contrato permitindo o adiantamento das fases, a entrega ainda esse ano, mas vai depender do desenvolvimento”, explicou Pazuello em entrevista à CNN nesta sexta-feira (2).
No dia anterior, ele enviou o primeiro pacote com dados e estudos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), através do programa de submissão contínua exclusivo para as vacinas contra o coronavírus. O ministro da Saúde disse que cabe somente a agência tomar decisões sobre a aprovação da vacina e ele irá esperar o aval dela para seguir os próximos passos.
“Uma vez aprovada a vacina com registros internacionais cabe a Anvisa certificar no Brasil. Quanto a velocidade da certificação, a aceleração de fases, etc, eu não tenho essa posição hoje, essa posição é da Anvisa. Nós vamos esperar a Anvisa se posicionar e assim que tivermos autorização, tivermos a vacina e autorização, começamos a vacinar. É importante deixar claro que todas as vacinas que o SUS adquirir, elas fazem parte do PNI (Programa Nacional de Imunização), elas são para todos os brasileiros”, frisou Pazuello.
Através de medida provisória, o Governo Federal liberou R$ 1,9 bilhão para aquisição e transferência de tecnologia para a produção local da vacina de Oxford/Astrazeneca em 2021, que ficará a cargo do Instituto Biomanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
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