Coronavírus

Rui Costa chama Anvisa de ‘agência ideológica’ e diz que órgão é politizado

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Governador da Bahia criticou lentidão do Governo Federal nos assuntos relacionados à vacina da Covid-19  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 03/12/2020, às 11h36   Leo Barsan e Yasmin Garrido



O governador Rui Costa (PT) chamou a Anvisa de ‘agência ideológica’, na manhã desta quinta-feira (3), e disse que falta ao órgão “agilidade e seriedade” para tratar de assuntos relacionados às vacinas contra a Covid-19.

“Nós não temos qualquer horizonte de como se dará o processo no Brasil nem a devida seriedade e agilidade daquele órgão, que é uma agência, e seus diretores têm mandato, então, não deveriam estar na mesma ideologia de políticas. Está virando quase uma agência ideológica”, criticou.

Ainda de acordo com o petista, a Anvisa tem se valido de politização para tratar de questões da pandemia, preterindo, com isso, a população brasileira. “A cada vacina vai se cravando um crivo ideológico político, que deixa de lado a ciência e a medicina. É quase uma coisa religiosa. Eu não consigo entender a lógica do Governo Federal para a imunização da população brasileira. Causa indignação”.

Segunda onda
Ainda nesta quinta-feira (3), o governador falou sobre os rumores da segunda onda da Covid-19 na Bahia e disse que o “momento não é dos melhores”. Segundo o petista, o estado está vivendo o maior ritmo de crescimento dos casos da doença, desde o início da pandemia, apesar de os números não terem refletido ainda nos óbitos registrados, o que deve acontecer nos próximos 10 dias.

Para ele, são dois fatores responsáveis pela alta do índice da Covid-19: as eleições e também a flexibilização das festas que têm causado aglomerações. “Depois do resultados das eleições, vários lugares fizeram um verdadeiro carnaval na cidade, com pessoas sem máscara e bebendo”, disse.

Além disso, para Rui Costa, existe “um cansaço das pessoas, que flexibilizam, mas precisam ter noção dos riscos que estão impondo aos familiares. Apesar da maioria que veio a óbito ser de pessoas acima de 60 anos, tivemos jovens de 20 e poucos que morreram também”, concluiu.

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