Coronavírus

Pesquisadores que assessoraram governo dizem não ter sido consultados antes de plano para vacinação ser enviado ao STF

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Nota foi divulgada no último sábado (12), após ser divulgada a informação de que o Ministério da Saúde havia encaminhado plano a Corte  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Ingrid Anne/Semcom

Publicado em 13/12/2020, às 08h09   Redação BNews


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Um grupo de pesquisadores divulgou uma nota conjunta em que afirmam que o Ministério da Saúde encaminhou o plano de vacinação contra a Covid-19 ao Supremo Tribunal Federal (STF) sem que fossem consultados.

As informações são do portal G1. Em comunicado divulgado no último sábado (12), os cientistas creditados no plano como colaboradores explicam que o material não lhes foi previamente apresentado e não obteve a anuência dos integrantes do grupo.

"Nos causou surpresa e estranheza que o documento no qual constam os nomes dos pesquisadores deste grupo técnico não nos foi apresentado anteriormente e não obteve nossa anuência", diz trecho da nota assinada por 36 pesquisadores.

Do plano do governo encaminhado ao Supremo credita aproximadamente 150 cientistas como colaboradores. O grupo responsável pela nota conta que haviam solicitado uma reunião sobre o plano e manifestado preocupação pela retirada do planejamento "de grupos prioritários" e pela "não inclusão de todas as vacinas disponíveis que se mostrarem seguras e eficazes".

Eles pedem a ampliação dos grupos prioritários - de forma a abranger todos os trabalhadores de educação e de áreas essenciais -, e reiteram a recomendação para que todas as populações vulneráveis, inclusive a carcerária, sejam prioridade também.

O portal procurou o Ministério da Saúde, mas não obteve retorno sobre a manifestação dos pesquisadores. O plano de vacinação deve ser apresentado em detalhes na próxima quinta (17). Segundo a pasta, o plano poderá sofrer modificações durante sua implementação.

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