Coronavírus

Ministério da Saúde diz que pesquisadores que atuaram em plano de vacinação “não têm poder de decisão”

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Colaboradores na elaboração do plano de vacinação contra a covid-19 reclamaram de não ter sido consultados sobre versão final de texto encaminhado ao STF  |   Bnews - Divulgação Reprodução/rasmo Salomão/MS

Publicado em 13/12/2020, às 13h16   Redação BNews


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Após um grupo pesquisadores citados como colaboradores na elaboração do plano nacional de vacinação contra a covid-19 reclamar de não ter sido consultado sobre a versão final do texto encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério da Saúde disse neste domingo que os especialistas “não tinham qualquer poder de decisão” no programa.

De acordo com informações do jornal Estado de São Paulo, a pasta respondeu que os profissionais indicados pelo Programa Nacional de Imunizações atuaram como “convidados especiais” nos debates sobre o plano de vacinação contra a covid-19. Esse papel teria sido de “cunho opinativo e sem qualquer poder de decisão” sobre o plano de imunização.

O ministério também rebateu a preocupação manifestada pelo grupo com a retirada de grupos prioritários do programa - que exclui presidiários da lista de grupos que seriam vacinados. Os pesquisadores cobraram que “todas populações vulneráveis sejam incluídas na prioridade de vacinação, como indígenas, quilombolas, populações ribeirinhas, privados de liberdade e pessoas com deficiência”. 

Eles destacaram ainda a necessidade de “ampliação do escopo para todos os trabalhadores da educação” (não só os professores) e a inclusão de funcionários de outros serviços essenciais. A pasta afirma que todo plano de vacinação precisa elencar um grupo de pessoas mais vulneráveis, mas afirmou que outros grupos poderão ser imunizados após as fases iniciais do programa. 

O plano apresentado ontem contempla na primeira fase de vacinação os idosos de 75 anos e mais; profissionais de saúde; idosos de 60 ou mais institucionalizados; E a população indígena. Já as demais fases incluem as pessoas de 69 a 74 anos; indivíduos com comorbidades; professores; trabalhadores das forças de segurança e salvamento; e os funcionários do sistema prisional.

“Todos os demais poderão ser imunizados após imunização dos grupos especificados como prioritários, que merecem maior atenção diante da maior vulnerabilidade à doença e suas consequências, inclusive de morte”, diz o comunicado.

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