Coronavírus

Síndrome rara associada à Covid-19 já matou pelo menos 3 crianças na Bahia

Arquivo/Agência Brasil
47 casos da síndrome foram registrados no território baiano até o dia 1º de janeiro  |   Bnews - Divulgação Arquivo/Agência Brasil

Publicado em 06/01/2021, às 10h19   Diego Vieira


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Três crianças com idades entre 0 e 9 anos morreram na Bahia após desenvolverem uma síndrome inflamatória rara associada à Covid-19. De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), 47 casos da síndrome foram registrados no território baiano até o dia 1º de janeiro. 

A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) pode se desenvolver em pessoas de 0 a 19 anos que tiveram Covid-19 previamente e que, inclusive, já estão curadas da doença. A SIM-P pode causar febre persistente acompanhada de sintomas gastrointestinais, dor abdominal, conjuntivite, exantema (rash cutâneo), erupções cutâneas, edema de extremidades, hipotensão, dentre outros sintomas. 

Ainda conforme a Sesab, dos 47 casos confirmados até o momento, 26 (55,32%) ocorreram em pacientes do sexo masculino e 21 (44,68%) em pacientes do sexo feminino. Em relação a faixa etária, o intervalo de 5 a 9 anos foi o mais cometido representando 46,81%. 

A secretaria ressaltou que os dados relacionados à síndrome serão atualizados semanalmente de acordo com o monitoramento realizado pelo Ministério da Saúde.

De acordo com a médica infectologista, Clarissa Falcão, a síndrome pode afetar diversos órgãos como coração e cabeça.  "A criança ou adolescente pega o coronavírus, algumas vezes tem sintomas bem leves, não sabe nem que teve e depois desenvolve essa síndrome que também pode acometer diversos órgãos. Pode levar a problemas de coração, arritmia, pode acometer o trato gástrico intestinal, pode dá dor de barriga, diarreia, náuseas e vômitos. Pode também afetar a cabeça levando a quadros de letargia, ou seja, a pessoa fica um pouco mais sonolenta. Tem que ter bastante cuidado e por isso que é importante a gente reforçar as medidas de prevenção para o coronavírus", alerta a especialista.

Classificação Indicativa: Livre

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