Secretário de Saúde critica venda de vacinas pela rede privada: 'Genocídio dos mais pobres'

A vacinação contra o coronavírus ainda nem começou na rede pública de saúde do Brasil, mesmo assim algumas clínicas já demonstraram interesse em comercializar os imunizantes para quem tem condição de pagar por eles. O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, se manifestou contra essa possibilidade.

"É um absurdo haver a vacinação privada. Nós vamos criar duas categorias de brasileiros: aqueles que tem dinheiro para comprar vacinas em clínicas e aqueles que vão ficar aguardando", prospectou.

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REPRESENTATIVIDADE

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Quem define se a rede privada poderá comercializar as vacinas é o ministério da Saúde. O ministro Eduardo Pazuello já deu indícios que também é contra esta prática, mas ainda não oficializou essa sua posição através de uma portaria. É isso o que cobra Fábio Vilas-Boas.

"Além desse genocídio dos mais pobres, os laboratórios irão destinar parte das vacinas para esse comércio privado que irá pagar muito mais caro que os 3,4 ou 10 dólares que estão sendo cobrados para países. Há questões do ponto de vista ético e moral para evitar que isso ocorra neste momento. Precisamos que o ministro oficialize isso", defendeu.