Coronavírus

ACM Neto chama de "falso dilema" debate entre ciência e economia; Mandetta teme falta de oxigênio

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Ex-ministro diz que Brasil corre o risco de sofrer pandemia generalizada  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram

Publicado em 02/03/2021, às 19h30   Henrique Brinco



O ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta (DEM), teme que haja falta de oxigênio em todo o Brasil caso a pandemia avance para uma contaminação generalizada. O país enfrenta uma segunda onda agressiva da Covid-19, com uma nova cepa do vírus circulando pelos municípios. "Se todo mundo pegar, vai ser uma tragédia", ressaltou, em uma live nas redes sociais com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), nesta terça-feira (2).

Segundo ele, as distribuidoras não conseguirão dar conta caso haja uma disseminação em massa e que o país corre um sério risco de sofrer os mesmos problemas registrados em Manaus. "Quando eu estava no ministério, conversei com uma firma que produz oxigênio. E perguntei para eles, porque na Itália houve uma perda de oxigênio, se acontecer no Brasil inteiro ao mesmo tempo e precisar de oxigênio se eles conseguem atender. Eles disseram que não, que não conseguem atender", ressaltou, afirmando que orientou o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), a reforçar o estoque da cidade.

ACM Neto criticou o debate de "ciência versus economia", que na visão dele é um "falso dilema". "Não adianta imaginar que vai ter gente frequentando restaurante e salão de beleza [com a pandemia]", destacou, lamentando também a politização do tema. "Não interessa se o sujeito é de direita, de esquerda ou de centro. Quando a gente olha os países que estão conseguindo superar isso com menos trauma, a gente percebe que são nações que têm liderança", exemplificou o gestor, citando as campanhas de vacinação em Israel e Chile, entre outras.

Para Neto, o Plano Nacional de Imunização é uma "peça de ficção". "Não interessa a origem ou o país, o que interessa é que a vacina tenha eficácia e proteja a vida das pessoas", criticou, lamentando que apenas 3% da população brasileira esteja vacinada no momento.

Ritmo de vacinação
ACM Neto e Mandetta também comentaram a possibilidade de aceleração do processo de vacinação e possibilidade de compra de imunizantes por parte de empresas privadas. Segundo o ex-ministro, o Brasil só terá uma vacinação em escala maior quando a Fiocruz e o Instituto Butantan começarem a produzir as vacinas em escala industrial no Brasil.

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