Coronavírus

Dono de funerária diz que vai faltar caixão: 'vamos entrar em colapso'

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Nelson relata que recebe um pedido de sepultamento de vítima da Covid-19 por dia  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Tv Bahia

Publicado em 09/03/2021, às 19h20   Redação Bnews


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O dono de uma funerária no bairro do Barbalho, em Salvador, conta que eles vão entrar em colapso devido ao aumento de sepultamentos por causa da Covid-19. Ele relata que recebe um pedido de sepultamento de vítima da doença por dia, por isso pode faltar caixão.

“Desde o início da pandemia, nós começamos a sentir essa diferença, inclusive com os fabricantes de urnas. Hoje a gente tem uma dificuldade muito grande. Eu fazia um pedido que chegava em uma semana e hoje chega em um mês”, relata o dono da funerária, Nelson Pitanga, ao G1.  

A  Associação dos Fabricantes de Urnas (Afub) emitiu um alerta nacional sobre a possível falta de caixões se a demanda por enterros continuar crescendo, por causa da Covid-19. Em Salvador, de acordo com a Secretaria de Ordem Pública (Semop), foram feitos 108 sepultamentos por causa da doença em fevereiro. Em 1º de março, foram 12 enterros de pessoas vítimas da doença.

“Se continuar caminhando do jeito que está, no mês de abril, vamos entrar em colapso certamente”, diz o empresário.

Segundo a Afub, o objetivo do comunicado é alertar que os fabricantes de urnas estão com a capacidade comprometida, por causa da falta de matéria prima, o que pode gerar atrasos nas entregas e o não fornecimento do material. A associação também informou que os reajustes nos preços dos insumos para fabricar as urnas estão sendo constantes e impraticáveis.

Para suprir a demanda por sepultamentos, a Semop informou que vai abrir uma licitação em março para a construção de 1.125 novas gavetas no cemitério de Plataforma, em Salvador. Após a licitação, o prazo de entrega é de 90 dias.

Por causa da alta nos casos e de sepultamentos por causa da Covid-19, Nelson diz estar preocupado com a segurança dele e da família.

“Fico emocionado. Minha mãe tem um filho que trabalha no Samu e um filho que é do ramo funerário. Nós saímos sem saber como vamos voltar”, conta.

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