Bilionário Carlos Wizard diz que não vê sentido em doar doses de vacinas para o SUS

O bilionário Carlos Wizard, que lidera um grupo de empresários interessados em comprar vacina contra a Covid-19 para imunizar seus funcionários antes dos grupos prioritários, não vê sentido em doar as doses para o Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o empresário prevê uma onda de judicialização após as recentes decisões que autorizaram grupos de magistrados e motoristas de aplicativos a importarem as doses.

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O grupo de empresário, que conta também a participação do dono da Havan, Luciano Hang, aceita a contrapartida de custear uma parte das vacinas para o SUS, se for necessário para liberar a compra privada, mas a contragosto.

"Em determinado momento levantou-se a questão de que os empresários possam comprar as vacinas para os seus próprios trabalhadores, desde que façam uma segunda doação para o SUS. Não consigo ver muita recíproca nessa questão. Eu já estou sendo solidário com o governo: ele está deixando de ter a logística, a mão de obra, a negociação e o custo dessa aplicação", afirma.

"Estamos falando [de vacinar] os trabalhadores ligados ao nosso grupo empresarial. Nós não estamos falando de familiares, amigos, vizinhos e conhecidos", diz.