Com fila de espera de mais de 1 mil pessoas para internação, Paraná busca cilindros de oxigênio para evitar caos

Com uma alta demanda de internações, chegando a mais de 1 mil pessoas à espera de um leito, o estado do Paraná já busca cilindros de oxigênio para evitar o caos que aconteceu, por exemplo, na cidade de Manaus, no Amazonas.

Desde a semana passada, cervejarias tem se prontificado a emprestar cilindros de oxigênio para a rede de saúde de Clevelândia, cidade a 400km de Curitiba. 

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A iniciativa mobilizou outras cervejarias se transformou em uma campanha maior.

"Estamos entregando todos os nossos cilindros de oxigênio disponíveis e pedimos que, se você tem algum cilindro disponível, também realize uma doação", escreveu a cervejaria local Insana, em seu perfil nas redes sociais.

O secretário de saúde do Estado, Nestor Werner, justificou que a situação é diferente da vivida em Manaus, já que no Paraná não falta o oxigênio em si, mas os cilindros.

De acordo com o titular da pasta, os produtores garantiram que há condição de suprir a demanda, mas ainda existe a dificuldade de transporte dos cilindros dentro da necessidade dos pacientes.

"Como o consumo de oxigênio é cada vez maior, não há quantidade suficiente de cilindros para que a reposição seja feita no tempo necessário", diz. O problema começou a ser sentido no último mês quando, segundo Werner, o consumo de oxigênio em unidades de menor porte cresceu até 600%.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, a região oeste do Paraná é a mais afetada do estado.

Werner confirmou que o Governo Federal e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já foram avisados da situação no estado.

Na última sexta-feira, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Paraná foram à Justiça para pedir a retomada de medidas de restrição, que foram flexibilizadas na quarta-feira (10) em todo o estado, justamente no pior momento vivido desde o início da pandemia.