Coronavírus
Publicado em 17/03/2021, às 17h42 Redação BNews
A produção nacional do insumo que garantirá a autonomia do Brasil na fabricação de vacinas contra a Covid-19 deve começar já no mês de maio, afirmou a Fiocruz nesta quarta-feira (17).
De acordo com a Folha de S. Paulo, a fundação afirmou que as adaptações na fábrica onde esse processo será feito, no Rio de Janeiro, já estão quase prontas. A expectativa é terminar os ajustes em abril, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve visitar as instalações para avaliar e certificar as condições técnicas, e iniciar no mês seguinte a fabricação dos primeiros lotes experimentais do imunizante da AstraZeneca/Oxford.
"É uma tecnologia nova, muito promissora, complexa, e certamente teremos dificuldades para colocá-la em marcha. Mas o nosso pessoal está muito dedicado e nós já estamos bastante avançados. As instalações já estão praticamente com as adequações quase todas prontas", afirmou o diretor da fábrica de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma.
A ideia era entregar as vacinas 100% nacionais a partir de agosto, o que iria somar 110 milhões de doses até dezembro, mas, atualmente, Zuma fala que o início acontecerá em "meados do segundo semestre".
"Tudo que a gente pode fazer para antecipar estamos fazendo", afirmou o diretor nesta quarta (17) em entrevista coletiva durante a entrega das primeiras doses feitas na fundação, no Rio de Janeiro.
O general Eduardo Pazuello, que está de saída do Ministério da Saúde, explicou que os equipamentos já estão instalados e os engenheiros químicos estão capacitados. "Temos hoje a capacidade de fabricar o IFA [insumo farmacêutico ativo] já instalada, pronta. Não existe mais [a pergunta]: será que vamos fabricar o IFA?", declarou.
O futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, afirmou que os resultados da imunização contra a Covid-19 só serão vistos a médio prazo e que o aumento atual das mortes será reduzido com dois pontos principais: "Primeiro com políticas de distanciamento social próprias, segundo com a melhora da capacidade assistencial dos nossos serviços hospitalares".
Ainda segundo a Folha de S. Paulo, o futuro ministro ainda disse novamente que "a política pública é do presidente da República" e que haverá continuidade na gestão. Também reforçou que "a imprensa é aliada" e que a população precisa ajudar. "Não adianta só o governo ficar recomendando o uso de máscaras se as pessoas não são capazes de aderir a esse tipo de medida simples, que não demanda grandes custos", criticou.
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