Diretor do Hospital de Campanha de Feira alerta para superlotação e dificuldades com a compra de medicamentos

O diretor do Hospital de Campanha para pacientes com Covid-19 em Feira de Santana, Francisco Mota, alertou sobre a superlotação na unidade de saúde nos últimos dias. Em entrevista ao site Acorda Cidade, o médico afirmou que os 18 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estão sempre ocupados.

"O Hospital de Campanha está com uma mobilidade pequena. Temos 44 leitos na enfermaria e a ocupação é de 35. Sempre tem algum doente que complica na enfermaria e tem necessidade de UTI, naturalmente vai ser prioridade para quem já está dentro do hospital. Nesse momento eu posso dizer que estou com pelo menos uma vaga na UTI. Tenho doente na enfermaria com indicação de vaga de UTI e não tem vaga agora”, relatou.

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Ainda segundo Mota, estava prevista a instalação de mais cinco leitos de UTI no hospital, o que ainda não ocorreu devido a dificuldades como demora na chegada de aparelhos, como ventiladores e bombas de infusão. Ele acrescentou ainda que o hospital, assim como outras unidades de todo o Brasil, enfrenta também dificuldades com a compra de medicamentos específicos para a intubação de pacientes.

“A indústria farmacêutica já disse que o país está começando a ficar desabastecida. Vamos ter uma reunião para discutir essas mudanças de uso de medicação. A situação é realmente de guerra, do Brasil inteiro”, afirmou o diretor.

De acordo com último boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura de Feira de Santana, desde o início da pandemia a cidade já registrou 28.652 casos confirmados da covid-19 e 496 mortes provocadas pela doença.