Hospitais de Santa Catarina precisam escolher quem tem prioridade para ir para UTI

Com o sistema de saúde em colapso, os hospitais de Santa Catarina já precisam adotar critérios para decidir quais pacientes serão movidos para os leitos de UTI, devido à escassez de recursos e insumos para atender a todos.

Um documento foi elaborado por diferentes entidades, para dar transparência e atestar a impessoalidade dos critérios para a escolha dos pacientes internados.

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Este protocolo, que já foi adotado também nos EUA, concede autonomia aos profissionais de saúde, que ficam autorizados a definir a lista de prioridade na UTI.

Entre os fatores estão a presença de comorbidades e estágio da doença, assim como o risco iminente de morte. As informações são da CNN Brasil.

Aqueles que são priorizados são os que tem maiores condições de se recuperar, o que faz com que, normalmente, pacientes acamados ou incapazes de se recuperar de imediato, sejam desfavorecidos.

Integrante da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), uma das que assinaram o documento, a médica Lara Patrícia Kretzer destaca que idade, contudo, não é um dos critérios.

“Se tivermos um cenário para escolher em que temos um jovem com câncer em estágio avançado e um idoso em perfeitas condições de saúde que precisem de internação por Covid-19, o idoso poderá levar vantagem e ter prioridade, mas é evidente que normalmente quanto mais idade a pessoa tem, maior probabilidade de ter uma doença avançada e uma saúde mais frágil", diz a médica.

Na manhã desta terça-feira (30), Santa Catarina registrava 98% de ocupação geral dos leitos de UTI para Covid-19, e 363 pessoas à espera de uma vaga em uma unidade de terapia intensiva.