Coronavírus

Vacina de Oxford pode ser usada por todos os adultos, diz agência europeia

Tomaz Silva/Agência Brasil
Nova avaliação foi feita após Alemanha e França passarem a aplicar o imunizante apenas nos idosos  |   Bnews - Divulgação Tomaz Silva/Agência Brasil

Publicado em 31/03/2021, às 15h58   Redação BNews



Numa segunda rodada de estudos sobre efeitos colaterais da vacina de Oxford/AstraZeneca contra Covid-19, a agência regulatória europeia afirmou que ela continua recomendada para todos os grupos etários e gêneros. Nova avaliação foi feita após Alemanha e França passarem a aplicar o imunizante apenas nos idosos.

Segundo Emer Cooke, diretora do órgão, hematologistas, neurologistas e epidemiologistas independentes que trabalharam em conjunto com o grupo de risco farmacológico (Prac) da EMA não identificaram riscos específicos no uso do imunizante.

“Mantemos nossa avaliação de que a vacina deve continuar sendo usada, porque é segura e eficaz e seus benefícios superam os riscos”, afirmou Cooke.

As investigações sobre o produto desenvolvido pela AstraZeneca começaram após relatos de uma doença venosa rara que provocou mortes na Europa. Até agora, porém, não há evidências de que a vacina seja a causa dos problemas, embora a hipótese também não tenha sido descartada.

Segundo a Folha de S. Paulo, até o começo desta semana, foram avaliados 62 casos da doença rara, dos quais 44 aconteceram nos 30 países da Espaço Econômico Europeu (os 27 da UE mais Noruega, Islândia e Liechtenstein). No mesmo período nesse território, 9,2 milhões de pessoas receberam a vacina da AstraZeneca. Dos casos europeus, 14 terminaram em morte.

A nova análise da EMA ocorre um dia depois do anúncio, pelo governo alemão, de que deixaria de administrar o imunizante a pessoas com menos de 60 anos. A decisão, também tomada pela França para menores de 55 anos, se baseia no fato de que a maioria dos acidentes vasculares relatados aconteceu em mulheres jovens.

Segundo Cooke, não é possível ainda determinar por que houve mais relatos entre mulheres vacinadas, mas na população em geral a incidência desse tipo de caso raro de coágulo também ocorre com mais frequência entre mulheres.

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