Coronavírus

Covid-19 cresce entre mais jovens e atinge população sem comorbidades

Mateus Pereira / Governo da Bahia
Estudo mostra que existe uma tendência que o Brasil siga a registrar de novos testes positivos e mais óbitos ao longo do mês de abril  |   Bnews - Divulgação Mateus Pereira / Governo da Bahia

Publicado em 17/04/2021, às 09h31   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou um relatório, no último dia 9, que indica um cresicmento das taxas de hospitalizações decorrentes do agravamento da Covid-19 em pessoas sem comorbidades e com uma faixa etária entre 30 e 59 anos. 

A pesquisa, que foi realizada a partir da análise das semanas epidemiológicas entre 3 e 9 de janeiro de 2021 e entre 21 e 27 de março do mesmo ano, foi atualizada na última quarta-feira (14) e mostra que existe uma tendência que o Brasil siga a registrar de novos testes positivos e mais óbitos ao longo do mês de abril. Além disso, o primeiro boletim do estudo, divulgado em 26 de março, já havia apontado que a Covid-19 se espalhava em pessoas mais jovens.  

Os boletins são feitos a partir dos dados de hospitalizações por coronavírus que constam no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe). “Eles são rotineiramente atualizados, com a correção de inconsistências e inclusão de notificações ainda não realizadas para aquela semana. Daí a variação de um boletim para o outro”, diz o pesquisador do Observatório Covid-19 Raphael Guimarães à CNN Brasil.

“O destaque desses levantamentos é o registro de que o aumento do número de casos de hospitalizações por Covid-19 nas faixas de 30 a 59 anos foi maior do que o aumento da taxa global. Isso caracteriza o rejuvenescimento da pandemia”, explica o pesquisador, que ainda declara que o próximo boletim deve apontar números ainda mais altos entre pessoas com menos de 60 anos. 

“O relatório da Fiocruz mostra também uma tendência de crescimento de casos graves nessa população (sem comorbidades e jovens), o que coincide com o que a gente observa nos atendimentos”, explica o infectologista Alexandre Naime Barbosa, chefe do Departamento de Infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp/Botucatu). “A impressão é de que a Covid-19 em 2021 é mais rápida, mais agressiva e leva a uma internação maior de pessoas mais novas”, analisa.  

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp