Coronavírus

Dona de quiosque espera atingir 80% de ocupação com liberação de bebidas alcoólicas nos finais de semana

Dinaldo Silva / BNews
Governo do Estado reduziu horário do toque de recolher para 22h e autorizou venda de bebidas alcoólicas no final de semana em Salvador  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva / BNews

Publicado em 05/05/2021, às 21h24   Beatriz Araújo


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Salvador passou por uma espécie de alívio das medidas restritivas nesta quarta-feira (5), após o Governo da Bahia publicar, no Diário Oficial do Estado (DOE), as alterações previstas nos novos decretos. A partir de então, passa a estar autorizada a venda de bebidas alcoólicas no final de semana na cidade, e o horário do toque de recolher entra em vigor das 22h às 5h. Os donos e funcionários de bares e restaurantes do Imbuí comemoraram a decisão.

Em entrevista ao BNews, o gerente administrativo do quiosque Terapia Bar, Joel Cardoso, espera que os novos anúncios feitos pelo governo melhore o movimento do comércio. “Antes estava com 30%  de movimento, agora eu acredito que vá chegar a 70, até 80%. A projeção é de melhora no movimento que a gente tinha, agora que a gente pode vender bebida alcoólica no final de semana, que era o maior empecilho que a gente vinha tendo”, acrescentou.

Apesar de estar satisfeito com as alterações das medidas restritivas, o gerente do estabelecimento acredita que a taxa de ocupação de leitos na capital baiana possa vir a aumentar, caso a população não siga as orientações para evitar a propagação da Covid-19.

“Se população não tiver os devidos cuidados necessários, usar máscara, se higienizar, isso pode refletir sim no futuro e a taxa pode aumentar”, considerou. “A gente espera que a população tenha aprendido para as medidas restritivas não voltarem de novo”, emendou Joel.

Quem também falou sobre as suas expectativas acerca da redução do horário do toque de recolher em Salvador e da autorização da venda de bebidas alcóolicas no final de semana foi a empresária Nívea Andrade, proprietária do quiosque Portal do Imbuí.

“O percentual de frequentação era muito pouco, na faixa de uns 20%. O pessoal ligava, a gente informava que não estava podendo vender a cerveja, bebida alcoólica e aí o pessoal não vinha. Já teve sábado e domingo aqui de a casa ficar vazia”, relata a empresária sobre a situação antes dos novos decretos. 

“Eu espero que volte a 100%. Apesar de tudo, tem muita gente que ainda está com medo de sair, de frequentar bares, e tudo mais. Ainda mais aqui que o público vai de 30 a 65 anos, mais ou menos. Muita gente está deixando de vir, mas eu espero que com essa nova medida a gente consiga atingir pelo menos 80%”, espera a proprietária do estabelecimento. 

Nívea também disse estar bastante esperançosa, e já espera um movimento ainda maior no final de semana: “Eu tô bem otimista para o Dia das Mães, para o jogo do Bahia no sábado. Espero que a gente consiga atingir uma boa meta. Acho que as pessoas vão se sentir mais seguras de voltar a frequentar”, afirmou.

Ainda à reportagem, a dona do estabelecimento disse que acreditar que os índices da Covid-19 na cidade já apresentam sinais de melhoria. “Não está 100%, não está como a gente quer, mas está melhorando um pouco. Muita gente está sendo vacinada, já tomaram a segunda dose, então acredito que a coisa tende a melhorar”, elencou.

Apesar da flexibilização dos decretos aplicados à capital baiana, o Governo da Bahia já alertou que, caso a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid volte a atingir o índice de 80% em Salvador, poderá haver novas alterações das medidas.

“Na minha opinião, não são os bares que fazem com que aumente a taxa. Eu vejo que tem os paredões, os metrôs, os ônibus, tudo isso aí eu acho que são o que mais impacta no aumento. Mas no caso dos bares e restaurantes, que têm todas as medidas, distanciamento de mesas, têm redução de mesas também, redução de horários, eu acredito que não são os bares que estão provocando o aumento”, concluiu.

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