Coronavírus

Ceuci Nunes diz que ideal é tomar segunda dose no prazo, mas ressalta: ‘1ª aplicação não perde validade’

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Publicado em 06/05/2021, às 20h30   Redação Bnews


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Diretora do Instituto Couto Maia, a médica infectologista Ceuci Nunes esclareceu dúvidas nesta quinta-feira (6), em entrevista ao programa BNews Agora, na Piatã FM, sobre consequências do atraso no prazo de intervalo entre as primeira e segunda doses da vacina contra a Covid-19. 

“O ideal é se vacinar nas datas indicadas pelo fabricante, mas isso não quer dizer que a primeira aplicação perde validade e é preciso reiniciar o processo. O correto é que a pessoa, mesmo com atraso, tome a segunda dose”, explicou ela. 

Ceuci também comentou sobre o impasse entre a vacina russa Sputnik V e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Consórcio Nordeste mantém negociações diretas com o país para obtenção de doses do imunizante, mas depende da aprovação do órgão regulador brasileiro, que ainda não veio.

“O que nós acreditamos é que duas questões influenciam essa decisão. A primeira é que a Anvisa está sendo pressionada pelo Supremo Tribunal Federal para tomar uma decisão, o que pode ter o impacto de fazer o órgão procurar qualquer motivação para não aprovar a vacina. A segunda coisa, que está sendo avaliada pelo Consórcio Nordeste, é que a Rússia tem pouca experiência com agências reguladoras. Eles têm os dados, mas talvez não mandaram da melhor forma. O comitê científico do consórcio enviou uma nova resposta às questões da Anvisa e a gente espera que isso possa ser o caminho para viabilizar a autorização, que é extremamente importante para  o Brasil, já que seriam 50 milhões de doses, com prazo de chegada muito curto”, disse ela.

Sobre a situação da pandemia na Bahia, a diretora do ICOM afirma que o momento ainda é “muito preocupante”, mas pondera que “a tendência é de redução”. “O problema é que a pressão é enorme. A sociedade quer trabalhar, quer ir para a rua. Não temos um auxílio emergencial cujo valor possibilite que as pessoas fiquem em casa. Uma outra coisa é que, com a circulação do vírus, a possibilidade de novas variantes aumenta.”

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