Coronavírus

Atividades físicas podem aumentar eficácia de vacina contra Covid, aponta estudo

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Publicado em 28/05/2021, às 12h36   Redação BNews


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A prática regular de atividade física está associada a um maior número de anticorpos da Covid-19 após vacinação, segundo estudos publicados em abril na revista Sports Med – que reuniu pesquisadores de universidades inglesas, escocesas, belgas e espanholas. A pesquisa ainda aponta que há uma redução de 31% no risco de infecções de 37% na chance de morte em função das mesmas. 

"A atividade física regular fortalece o sistema imunológico do ser humano, reduz em mais de um terço o risco de adoecer e morrer de doenças infecciosas", comenta Guilherme Reis, Coordenador Geral da Rede Alpha Fitness. 

O novo estudo, que reuniu os dados de mais de 500 mil pessoas, aponta que praticar 30 minutos de atividade física cinco dias por semana reduz em 31% o risco de adquirir infecções fora do ambiente hospitalar; há também a redução de 37% do risco de adoecer e morrer de doenças infecciosas.

Além disso, em 35 ensaios clínicos a atividade física regular resultou em níveis elevados de imunoglobulina IgA, anticorpo que reveste a membrana mucosa dos nossos pulmões e outras partes do nosso corpo onde os vírus e bactérias podem entrar. A atividade física regular também aumenta o número de células T CD4, responsáveis por alertar o sistema imunológico de um ataque, bem como regular a sua resposta. Nos ensaios clínicos, as vacinas parecem mais eficazes se forem administradas após um plano de atividade física. Uma pessoa que é fisicamente ativa tem 50% maior probabilidade de ter uma contagem de anticorpos mais alta após a vacina.

Guilherme também ressaltou que é necessário manter uma rotina de exercício físico, ou seja, praticar de três a cinco vezes na semana; entre 30 e 90 minutos por dia, alcançando um mínimo de 150 minutos semanais, mas de preferência 300 minutos semanais; e durante pelo menos quatro semanas para que os efeitos dessa atividade comecem a ser percebidos.

Pessoas que fazem pouca atividade física ou são sedentárias, têm maior risco de infecção; assim como pessoas que fazem atividade física em excesso podem ter um maior risco de infecção. "O exercício físico ajuda no combate às infeções, uma vez que exerce efeito anti-inflamatório e também pelo fato de reduzir a ocorrência de doenças como obesidade e diabetes. Condições estas que já são conhecidas por gravarem prognósticos de uma infeção", acrescenta Guilherme.

Embora não se saiba exatamente qual o mecanismo, é possível que a atividade física melhore outras condições metabólicas, como obesidade e diabetes, condições que diminuem a resposta vacinal. 

O exercício físico também minimiza o risco de doenças endócrinas, que diminuem a resposta vacinal. Isso porque diversas condições endócrinas podem ser consideradas como estados de imunossupressão. Ou seja, situações nas quais o nosso sistema de defesa não funciona tão bem quando deveria. "A cada novo estudo feito dentro desse contexto da COVID-19, a atividade física ganha mais importância e notoriedade. Os sistemas de saúde, as gestões municipais e federais deveriam olhar com mais atenção para isso, pois a prática de atividades físicas é parte da solução", conclui o Coordenador Geral da Rede Alpha Fitness.

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