Coronavírus

CPI: Ex-governador Wilson Witzel pede para se retirar e encerra sessão

Jefferson Rudy/ Agência Senado
Witzel estava munido de habeas corpus concedido pelo STF  |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy/ Agência Senado

Publicado em 16/06/2021, às 15h17   Redação BNews


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O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel pediu para se retirar da sessão desta quarta-feira (16) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, vigente no Senado Federal.  Uma decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu a Witzel a possibilidade de não comparecer ao depoimento. Caso comparecesse, ele poderia ficar em silêncio e não firmar compromisso de dizer a verdade.

"Ele acabou de me comunicar que quer se retirar da sessão, e a gente não pode fazer absolutamente nada", disse o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). O depoimentoe de Witzel durou mais de quatro horas. 

Em sua saída, o ex-governador agradeceu aos senadores presentes na CPI. "Agradeço a oportunidade, agradeço as perguntas, e tenho certeza que muito temos a contribuir futuramente", afirmou.

Sessão reservada

Em seu depoimento, Witzel desclarou ter conhecimento de "fatos graves" e deve ser ouvido numa sessão reservada da Comissão. O pedido foi realizado pelo senador Ranfolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI. 

O ex-governador disse ainda que, em uma sessão reservada, faz “questão” de apresentar novos elementos, entre eles o rompimento entre ele e a família Bolsonaro. Witzel disse ter conhecimento de “fatos graves”.

"Acreditamos que o ex-governador ainda tem muito a falar e não podemos deixar o relatório da CPI ser atingido por interferência e intimidações externas", afirmou o vice-presidente.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), sugeriu que a sessão reservada fosse realizada nesta quarta, contudo, o depoente pediu mais tempo. 

"Eu pediria também para que nós pudéssemos fazer isso em outra oportunidade, até para que eu possa me preparar para trazer elementos, inclusive [...] Até para poder também juridicamente preparar, para saber se daquela sessão de sigilo de Justiça poderão adotar medidas cautelares com apoio do Judiciário. Os fatos são graves", afirmou Witzel.

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