Coronavírus

Vacina da Johnson & Johnson pode aumentar risco de síndrome rara neurológica

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O FDA, órgão semelhante à Anvisa, vai liberar um aviso ligando o imunizante da Janssen, de dose única, à síndrome  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Facebook Johnson & Johnson

Publicado em 12/07/2021, às 19h54   Redação BNews


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Vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson, a Janssen está sendo analisada por autoridades federais de saúde dos Estados Unidos por gerar um possível aumento no risco da síndrome rara de Guillain-Barré. A informação foi confirmada à CNN por comunicado de um porta-voz do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

O FDA, órgão semelhante à Anvisa, vai liberar um aviso ligando o imunizante da Janssen, de dose única, à síndrome.

A CNN entrou em contato com a Johnson & Johnson e a FDA para comentário, mas ainda não recebeu resposta. Mesmo que a vacina aumente o risco da síndrome, ainda é melhor se vacinar contra o coronavírus, enfatizou o CDC.

"A síndrome de Guillain-Barré (SGB) é um distúrbio neurológico no qual o sistema imunológico do corpo danifica as células nervosas, causando fraqueza muscular ou, nos casos mais graves, paralisia. A cada ano nos Estados Unidos, cerca de 3.000 a 6.000 pessoas desenvolvem a condição; geralmente é desencadeada por uma infecção respiratória ou gastrointestinal. A maioria das pessoas se recupera totalmente da síndrome", disse o porta-voz do CDC.

"Relatos de SGB após o recebimento da vacina J & J / Janssen contra a Covid-19 no Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas (VAERS) são raros, mas provavelmente indicam um pequeno risco possível deste efeito colateral após esta vacina. Cerca de 100 relatos preliminares de SGB foram detectados após 12,8 milhões de doses da vacina J & J / Janssen contra a Covid-19 administradas. Esses casos foram amplamente relatados cerca de duas semanas após a vacinação e principalmente em homens, muitos com 50 anos ou mais."

Segundo tradução da CNN, as outras duas vacinas autorizadas para uso nos Estados Unidos, da Moderna e da Pfizer, não apresentaram tantos relatos de casos adversos como a vacina da Janssen. 

"Nos Estados Unidos, quase todas as hospitalizações e mortes por Covid-19 estão ocorrendo agora em pessoas não vacinadas. O risco de eventos adversos graves após a vacinação contra a Covid-19 permanece raro. Recomenda-se que todas as pessoas com 12 anos ou mais recebam a vacina", disse o comunicado.

A vacina Johnson & Johnson ficou suspensa para uso nos EUA no início de 2021 por causar coagulação sanguínea. Em abril, após o CDC e o FDA determinarem que o risco era baixo e a condição tratável, o imunizante passou a ser usado novamente, mas o rótulo alerta sobre o efeito adverso que ele pode gerar. 

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