Bruno Reis diz que 147 mil pessoas estão em atraso com a segunda dose da vacina

Mesmo com uma das melhores coberturas vacinais contra a Covid-19 entre as capitais do Brasil, Salvador ainda tem ao menos 147 mil adultos com a segunda dose do imunizante em atraso. A informação foi confirmada pelo prefeito Bruno Reis (DEM), durante a entrega de geomanta no bairro da Fazenda Grande do Retiro, na manhã desta sexta-feira (8).

O gestor destacou ainda que a ação de vacinar nas escolas da rede pública municipal ajudou a alcançar crianças e adolescentes, entre 12 e 17 anos, que ainda não tinham sido imunizadas. Desde o início da campanha nesta semana, o número caiu de 70 mil para 49 mil pessoas desta faixa etária.

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Os adultos que não voltaram para a dose de reforço, contudo, ainda representam a maior parte do problema. O prefeito avisa que ainda não adotou medidas mais severas, pois as doses não estão paradas.

Tanto as vacinas da Pfizer, quanto da AstraZeneca, já estão sendo antecipadas as segundas doses em uma semana, para acelerar mais ainda o processo e evitar que as doses fiquem ociosas.

A eficácia das vacinas tende a diminuir com o passar do tempo desde a última dose. No caso da CoronaVac, a terceira dose já tem sido aplicadas em Salvador nos idosos e estudos apontaram que a Pfizer tem a segurança reduzida de 88% para 44% nas chances de internação após seis meses da segunda dose.

"Nós temos, entre 12 e 17 anos, 49 mil pessoas adolescentes que não foram tomar a vacina ainda. Esse número já foi de 70 mil, então o trabalho nas escolas está funcionando, estamos reduzindo esses números. Acima de 18 anos são 43.427, mas vocês lembram, esse número já foi de 125 mil. Mas os atrasados com a segunda dose, que são 142 mil pessoas, este é o nosso maior problema", reconhece.

O próximo passo, segundo o prefeito, caso o problema persista, será restringir o acesso a locais públicos daqueles que ainda não tiverem se vacinado com duas doses da vacina contra a Covid-19.

A Prefeitura, em conjunto com a SMS, já lançou o seu próprio "passaporte de vacina", disponível em aplicativo.

"Não tendo mais condições de antecipar porque chegamos ao limite, vamos adotar medidas para induzir as pessoas a irem se vacinar, como restringir acesso a determinados locais de quem não tiver as duas doses da vacina", avisa.