Coronavírus

Exército colocou oficiais para rever decisões de médicos militares e obrigar 'kit Covid'

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Ordem teria sido dada pelo comando da 7ª Região Militar a seus hospitais em Natal, João Pessoa e Recife  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 10/10/2021, às 12h55   Redação BNews


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O Exército usou oficiais para revisar decisões de médicos militares que não prescrevessem "tratamento precoce" a pacientes com suspeita de Covid-19. A ordem teria sido dada pelo comando da 7ª Região Militar a seus hospitais em Natal, João Pessoa e Recife.

Segundo denúncia feita por profissionais ao Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE), havia determinação de que os pacientes passassem por um "segundo atendimento", com a possibilidade de "reconsideração de ato". Esta etapa seria exercida por um Oficial de Supervisão Administrativa, alguém com patende de capitão ou superior, que não fosse da área de saúde.

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De acordo com um dos profissionais, também havia "coerção dos médicos militares pelo comando da 7ª RM para prescrição de tratamento precoce para Covid e reavaliação de atendimento para indicação forçada de medicação". Os médicos seriam "praticamente obrigados a prescrever com um capitão vigiando".

Ao MPF, as unidades militares responderam que respeitavam a autonomia médica, apesar de o documento do comando afirmar que as medidas de combate à Covid-19 na área da 7ª Região Militar tinham "como ponto principal o incentivo para o tratamento precoce". A denúncia foi arquivada pelo Ministério Público.

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