Coronavírus

Senadores falam em sabotagem e querem ouvir especialistas sobre apagão de dados da Covid

Jefferson Rudy/Agência Senado
Membros da CPI se reuniram virtualmente na tarde da última terça-feira (11)  |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy/Agência Senado

Publicado em 12/01/2022, às 23h16 - Atualizado às 23h50   Redação BNews


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O apagão de dados do Ministério da Saúde - que já dura 33 dias - foi tema da conversa de senadores que integraram a CPI da Covid no ano passado e agora avaliam reeditá-la. Membros da comissão se reuniram virtualmente na tarde da última terça-feira (11), após chamado de Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Segundo Malu Gaspar, de O Globo, com exceção de Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Eduardo Braga (MDB-AM), o núcleo de senadores que fizeram parte do grupo majoritário da CPI participaram da conversa, como Otto Alencar (PSD-BA), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Humberto Costa (PT-PE) e Leila Barros (Cidadania-DF). Eles querem saber os motivos que levaram o Brasil a ficar no escuro nas estatísticas sobre a doença.

Na visão de alguns, o talvez o Ministério da Saúde tenha sabotado o sistema que, além de compilar os dados da doença, fornece também o chamado passaporte vacinal. "Estamos um mês sem dados e ninguém tomou a iniciativa de pedir informações ao ministério sobre o que aconteceu", disse Omar Aziz (PSD-AM), que presidiu a CPI da Covid no ano passado.

"Vamos ouvir especialistas, há algo estranho nesse enredo. O sistema sai do ar justamente quando começou a se exigir o passaporte de vacinação? Para fazer o Tratecov eles foram bem rápidos e agora não conseguem resolver?", acrescenta Aziz.

"Não sou tarado por CPI, mas quando alguns não cumprem o seu serviço, o que podemos fazer? A CPI nada mais é do que uma investigação feita pelo Congresso", afirma Randolfe.

O senador protocolou um pedido de abertura de nova CPI na terça-feira mas ainda não reuniu as 27 assinaturas de apoio para levar a iniciativa à diante.

Otto Alencar é favorável à nova CPI mas lembra que a decisão tem que ser levada a debate dentro de seu partido, o PSD, que também é a sigla do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). "Todas as inações do governo na testagem, na vacinação de crianças e no apagão de dados são fatos determinados para uma nova CPI, não me furtarei em assiná-la, mas tenho que conversar com meu partido antes", diz Alencar.

Ainda de acordo com informações de O Globo, além dele, Humberto Costa, Eliziane Gama e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também irão assinar a requisição de Randolfe. Outro que endossou a iniciativa foi Renan Calheiros (MDB-AL), que foi o relator da última CPI.

Caso haja o apoio de 27 senadores, uma nova CPI demandaria que os partidos indicassem seus representantes, que podem não ser os mesmos. Além disso, governistas já entenderam que, se dormirem no ponto de novo, serão minoria novamente na comissão, o que não foi bom negócio para Bolsonaro, que acabou entrando na lista de indiciados.

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