Coronavírus

Servidores da Anvisa veem nova estratégia de negacionistas da vacina

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Agora, os antivacina adotaram nova estratégia para desestimular a imunização infantil  |   Bnews - Divulgação Joilson Cesar / BNews

Publicado em 20/08/2022, às 13h48   Juliana Braga / Folhapress


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Servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmam que as ameaças sofridas em razão da vacinação infantil contra a Covid-19 cessaram, mas que os negacionistas apenas mudaram de estratégia.
Quando a agência analisou e liberou o imunizante para crianças a partir de cinco anos, em fevereiro, os servidores relataram pelo menos 458 ameaças, que foram registradas na PF (Polícia Federal) e no STF (Supremo Tribunal Federal).
Agora que a agência está avaliando a vacinação contra coronavírus em bebês a partir de seis meses de idade, não houve tentativas de intimidação.
A redução nos ataques coincide com a mudança do discurso de Bolsonaro (PL) que, aconselhado pelo núcleo político de seu governo, abandonou a negação da vacina, já que o comportamento era visto como um dos motivos para a rejeição no eleitorado feminino.
Agora, os antivacina adotaram nova estratégia para desestimular a imunização infantil, relatam servidores.
Passaram a analisar as notas técnicas da Anvisa, que ficam disponíveis no seu site, para encontrar registros de eventos adversos. Com os documentos em mãos e a informação fora de contexto, tentam convencer nas redes sociais que os imunizantes não são seguros.
A Pfizer submeteu à Anvisa em 29 de julho o pedido de aprovação de sua vacina contra Covid para aplicação em crianças de seis meses a quatro anos.
Segundo a empresa, o pedido tem como base um estudo realizado com 4.526 crianças dessa faixa etária em um momento em que a ômicron já era a variante predominante. Na pesquisa, as crianças receberam três doses de 3 μg, com um intervalo de três semanas entre a primeira e a segunda dose, e de pelo menos oito semanas entre a segunda e a terceira dose.

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