Justiça

Eleição OAB-BA: Gamil critica ataques a Rátis; vice-presidente defende Viana

Publicado em 08/09/2015, às 13h23   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O advogado Gamil Föppel criticou os ataques feitos por aliados do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Bahia (OAB-BA), Luiz Viana Queiroz ao advogado Carlos Rátis, que é candidato à presidência da entidade pela oposição, em artigo publicado na última sexta-feira (4), no jornal A Tarde,
De acordo com Gamil, um advogado, aparentemente um membro colaborador da comissão de prerrogativas da OAB fez circular uma charge, atacando Rátis. “Doutor Carlos Ratis é advogado militante, presidente do IAB [Instituto dos Advogados do Brasil], professor universitário dos mais respeitados, foi submetido ao ignóbil e covarde ato de ter o seu nome associado a roedores, a animais desprezíveis”, afirmou Gamil.
Ainda segundo ele, o diretor presidente da Escola Superior de Advocacia, o advogado Luiz Coutinho, referiu-se, na semana passada, em um programa de rádio ao IAB como sendo uma milícia. “Milícia, senhor presidente? [...] Uma pessoa da sua gestão, que dizem ser da sua incondicional confiança, de quem dizem ser-lhe muito próximo, referiu-se a um órgão composto por centenas de advogados como sendo uma milícia”, pontuou Gamil. “O senhor definitivamente não soube disso. Jamais se omitiria. Porque, se soubesse, seguramente teria se desculpado de público perante o IAB e a sociedade”, acrescentou.
Ainda no artigo, Gamil diz que a assessoria de Luiz Viana fez, na sede da instituição, uma homenagem ao primeiro presidente do IAB, com a colocação de um busto. “Quão inominável é a descortesia – a vida é feita de sutilezas – de deixar de convidar para este ato exatamente o presidente do IAB-BA?”, questiona Gamil.
“Não se pode esperar de uma categoria tão nobre atos de hostilidade, de vilania, ignóbeis, verdadeiramente impensáveis, como o deflagrar de fogos de artifício na porta de um ex presidente da OAB, por exemplo. Isso não combina com a compostura de qualquer pessoa de nível, isso não combina, definitivamente, com a postura de um advogado”, ressalta. 
Vice-presidente rebate
O vice-presidente da OAB-BA, advogado Fabrício Oliveira, rebateu, em artigo também publicado no A Tarde, as afirmações de Gamil Föppel.  
Fabrício classificou as declaração de Gamil como uma tentativa de “ironizar o espírito republicano e democrático” de Luiz Viana. “Desde a sua posse, Luiz Viana abriu a entidade à participação de todos os advogados com o objetivo de construir uma OAB de verdade, rigorosa na defesa das prerrogativas da classe, combativa no enfrentamento da crise do Judiciário e vigilante na proteção do estado democrático de direito”, afirma.
O vice-presidente sugere ainda que o fato de Gamil não ter aceitado o convite para participar da gestão de Luiz Viana e  “permanecer distante da entidade (...) falte-lhe a certeza da indiscutível conduta democrática e republicana da entidade sob a liderança de Luiz Viana”.“Querer imputar a Luiz Viana atos de terceiros no pleno exercício individual do direito de opinião é, no mínimo, uma tentativa de antecipação do embate eleitoral”, rebate.
“Em eventos informais com os colegas, Luiz já defendeu que a campanha, quando começar, seja pautada por questões de interesse da classe, que sejam discutidos temas importantes à democracia e relevantes para a OAB-BA. A expectativa é que não se repitam comportamentos espúrios, a exemplo da disputa anterior, quando houve ataques pessoais a Luiz Viana, que, no seu exemplar estilo democrata, preferiu elegantemente esquivar-se da baixaria a revidá-la”, acrescentou.

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