Os advogados baianos poderão, a partir de agora, optar entre usar ou não paletó e gravata no exercício da profissão. A decisão foi aprovada durante a 33ª sessão do Conselho Pleno da OAB da Bahia, última do ano, realizada na manhã desta sexta-feira (4), no auditório da seccional.
A decisão não foi muito bem vista entre os advogados baianos. Entre eles, Ruy João Ribeiro, que apoiou o advogado Carlos Rátis na última eleição da OAB-BA.
“Fico a me perguntar se em um momento crítico da Democracia, onde toda a população se questiona sobre o impeachment, se não seria mais importante para os advogados, para a sociedade e para a Democracia se a OAB-BA discutisse e disponibilizasse seu entendimento sobre o impeachment, em vez de deliberar sobre uso do paletó”, escreveu em seu perfil no Facebook.
A postagem gerou alguns comentários. “Creio que o uso do terno e a gravatá é algo superficial a ser debatido pela OAB/BA, se preocupar com vestuário é algo pessoal. A OAB tem assuntos mais importantes a serem discutidos”, disse um advogado. Outro comentou: “o momento do ato judicial é solene. Por isso, assim como nas igrejas sérias, há a exigência de trajes dignos para a ocasião. Fico com o tradicionalismo, pois não dá pra entender que quando se julga alguém, existam elementos de tanga”.
