Justiça

MP-BA: candidatos a procurador-geral comentam relação com autoridades

Publicado em 03/02/2016, às 15h29   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)


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O atual procurador-geral, Márcio Fahel, não vê estranheza na relação de membros do MP-BA com autoridades políticas. “Os agentes do MP são agentes políticos que se comunicam. O agente do MP deve ser desinibido para conversar com qualquer pessoa. Não pode ter preconceito”, afirmou.
Já o promotor Millen Castro lembrou que o governador é quem escolhe o chefe do MP-BA. E que precisa negociar com o gestor estadual. “Entendo que se pode fazer para minorar essa situação é que procurador-geral designe outros membros para atividades de execução sem que haja intervenção”.
O promotor Pedro Maia defendeu que “a relação deve ser republicana” e “ independente”. “O procurador-geral deve agir de forma soberana e independente para representar a instituição”, afirmou. A promotora Ediene Lousado destacou que a Constituição deu mais força para o MP-BA. Para ela, o órgão tem atuado com autonomia e independência. "A relação com as [autoridades] é necessária, nas não pode estar vinculada à indicação. O MP deve defender o povo brasileiro e baiano”, pontuou.
O promotor Alexandre Cruz não acha que o mecanismo de escolha do procurador-geral da Justiça prejudica a independência do MP-BA. “Agora, é claro que pecisa de matéria-prima de qualidade. Os homens que ocupam o cargo [procurador-geral] não podem usar o cargo como escadas para outro cargo. É pernicioso”, frisou.

Classificação Indicativa: Livre

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