Justiça

Eliana Calmon: Lava Jato foi divisor de águas e perseguição a Lula é cantilena

Publicado em 24/10/2016, às 06h41   Redação Bocão News


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A ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, afirmou em entrevista à revista Isto É que a Operação Lava Jato é um "divisor de águas" na história do Brasil. Ainda segundo a ex-ministra, a "perseguição" ao ex-presidente Lula não existe. 
"Foi um divisor de águas, que começa com o mensalão e chega com mais profundidade na Lava Jato. Até porque encontrou uma legislação mais evoluída, como a lei da improbidade empresarial que traz diversos instrumentos como o acordo de leniência, a delação premiada, os acordos de compliance. O ex-presidente Lula e o PT ficaram com essa ideia de perseguição, essa cantilena, mas com o passar do tempo foi arrefecendo. Porque estão pipocando denúncias de tudo quanto é parte, de juízes, de São Paulo, de Curitiba, de Brasília. Isso não é uma perseguição nem de Sergio Moro nem de ninguém", garantiu. 
Ainda segundo Eliana, há um desmonte do CNJ. "Eu acho que foi o Lewandowski. O CNJ está para se transformar em uma figura completamente figurativa se for aprovado um projeto que cria os conselhos dos Tribunais de Justiça. Eles fariam uma filtragem de todas as denúncias que deveriam ir para o CNJ", acusou. 
Para a ministra, hoje ainda existem "bandidos de toga". "Opa, muitos. Depois que eu saí da Justiça vi que há mais do que eu pensava. Porque eu estou do outro lado do balcão e as pessoas contam para mim as coisas que se passam. Quem conta são os advogados, que são os maiores conhecedores, os empresários e muitos dos que são achacados", apontou.
Publicada no dia 23 de outubro de 2016, às 13h57

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