Justiça

Presidente da Amab considera declarações de Calmon "precipitadas"

Publicado em 16/04/2017, às 14h23   Rafael Albuquerque


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"A Lava Jato pegará o Poder Judiciário num segundo momento. O Judiciário está sendo preservado, como estratégia para não enfraquecer a investigação". Essa frase proferida pela ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça e ex-corregedora nacional de Justiça Eliana Calmon está causando polêmica nos meios jurídico e político. 
Com posições contundentes, Calmon foi alvo de duras críticas ao afirmar, em 2011, que havia bandidos escondidos atrás da toga. "Os políticos corruptos nunca temeram a Justiça e o Ministério Público. O que eles temem é a opinião pública e a mídia", afirma. A declaração acerca do comprometimento do Judiciário na Operação Lava Jato também causou desconforto na classe.
Diante das afirmações feitas pela ex-ministra em entrevista ao jornal Folha de São Paulo e replicadas neste domingo (16) pelo Bocão News com o título “A Lava Jato também pegará o Judiciário, dispara Eliana Calmon”, o presidente da Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB), juiz Freddy Pitta Lima, afirmou serem precipitadas tais declarações.
“Não sei de onde a Ministra Eliana Calmon tira esses dados. Contudo, falar sem apontar ‘pessoas’ ou ‘fatos concretos’ chega a ser injusto com todos os membros do Poder Judiciário”, declarou Pitta Lima.  
O presidente da AMAB entende que, se ocorrerem casos de corrupção envolvendo magistrados, estes devem ser devidamente apurados.  “Acredito que pode haver, mas, certamente, não chega nem perto do que hoje é mostrado para toda a sociedade envolvendo membros do Executivo e Legislativo”, citou. Procurado, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - secção Bahia, Luiz Viana, preferiu não comentar.

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