Justiça

Operação Burla: Justiça Federal concede liberdade provisória a empresários

Publicado em 08/05/2017, às 12h21   Aparecido Silva


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Presos preventivamente em julho de 2016 na operação Burla, os empresários Júlio César Cotrim e Josmar Fernandes dos Santos já se encontravam em prisão domiciliar, mas ganhou a liberdade provisória no último dia 5. O juiz federal Filipe Aquino Pessoa de Oliveira, titular da subseção Judiciária de Guanambi, acolheu o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e decidiu que os terão que comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades; estão proibidos de se ausentar da cidade sem autorização judicial.

Cotrim e Fernandes são acusados de liderar duas organizações criminosas que utilizavam empresas de fachada para fraudar licitações e desviar recursos públicos federais no sudoeste do estado da Bahia. Na época em que foi deflagrada a operação, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão nos municípios de Caetité, Guanambi, Iuiú, Salvador e Vitória da Conquista em uma força-tarefa que envolveuo MPF, Polícia Federal e Controladoria Geral da União.

O  esquema, segundo os investigadores, consistia na constituição de empresas de fachada, falsificação de documentos e fraude de licitação, com simulação de competitividade na licitação com a participação de empresas do mesmo grupo. O MPF estima que o grupo movimentou, entre 2009 e 2016, recursos oriundos de prefeituras baianas que ultrapassaram R$ 80 milhões.

Além das restrições aplicadas pelo magistrado, os empresários estão proibidos de manter contato, por qualquer meio, com os demais acusados no processo.

No despacho, o juiz decretou revelia do terceiro empresário investigado no caso. O juiz afirma que Claudinei Pereira mudou de residência sem comunicar o novo endereço à Justiça.

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