Justiça

Julgamento do processo das mortes de sindicalistas acontece nesta terça

Divulgação/Sindicato dos Rodoviários
Paulo Colombiano e Catarina Galindo foram assassinados em 2010  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Sindicato dos Rodoviários

Publicado em 05/12/2017, às 08h41   Vinícius Ribeiro


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Após ser adiado no dia 21 de novembro, por pedido de vistas, o julgamento do recurso do processo sobre as mortes dos sindicalistas Paulo Colombiano e Catarina Galindo está previsto para acontecer nesta terça-feira (5), a partir das 13h30, no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Após sete anos, os acusados de mando e execução dos assassinatos estão soltos.  

Tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários, Paulo Colombiano foi morto com a mulher em 2010, no bairro de Brotas. Através de levantamento interno, o sindicalista constatou irregularidades no pagamento dos gastos com plano de saúde, o que teria provocado as mortes.

Cinco pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público. Entre os acusados, dois são donos da Mastermed.

Nos recursos, a defesa contesta a autoria dos crimes, já reconhecida em primeira instância e atribuída ao empresário e oficial aposentado da PM Claudomiro César Ferreira Santana, apontado como mandante, e a seus funcionários Daílton de Jesus, Edilson Araújo e Wagner Souza, que seriam os executores. A acusação contesta a exclusão de responsabilidade de um acusado, o irmão de Claudomiro, o médico Cássio Antônio.

PROTESTO - Ao meio-dia desta terça-feira, integrantes do Sindicato dos Rodoviários realizam um ato em frente ao TJ-BA, para cobrar justiça e agilidade no andamento do processo.

Em sessão na Câmara Municipal, na tarde de segunda-feira (4), o vereador e presidente do Sindicato, Hélio Ferreira (PCdoB), lembrou do caso: "Faço um apelo ao Poder Judiciário que tenha coerência e que realmente conduza os votos para que esses mandantes e esses assassinos sejam julgados pelo júri popular e sejam condenados, conforme o crime bárbaro que cometeram".

Através de nota publicada nas redes sociais, o Sindicato chegou questionar e comparar o caso à tramitação de outro caso, ocorrido em 2013, também julgado nesta data.

"Só a título de comparação, o cruel assassinato dos companheiros Paulo e Catarina aconteceu em 2010 e até hoje, 7 anos depois, todos os acusados do crime continuam desfrutando de liberdade, por conta da ineficiência e lentidão da justiça, já o caso Cátia Vargas, médica acusada do assassinato dos irmãos Emanuel e Emanuele, que aconteceu em outubro de 2013 estará sendo julgado hoje através do júri popular. Fica o questionamento: porquê da diferença tão grande entre os dois casos? Esperamos que a justiça seja feita de maneira humana e eficaz nos dois casos, que de forma covarde e desumana retiraram as vidas das vítimas, e também devastou a vida dos amigos e familiares dos assassinados". 

Classificação Indicativa: Livre

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