Justiça

Advogado de mulher que levou 68 facadas em Salvador quer que os "réus vão a júri popular”

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"Este foi um dos casos mais chocantes de violência contra a mulher que vimos nos últimos anos", disse Levy Moscovits  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 24/04/2019, às 16h50   Redação BNews


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O advogado da fisioterapeuta Isabela Oliveira Conde, que recebeu 68 facadas e perdeu a visão de um dos olhos após ataque ordenado pelo ex-namorado, Fábio Vieira, falou ao BNews sobre o caso. Levy Moscovits afirma que vai trabalhar no caso para que os réus sejam levados a júri popular. “O próximo passo será comparecer na audiência de instrução e julgamento, que está para ser designada, e ouvir testemunhas, interrogar os réus e constituir provas. Queremos que a decisão do juiz seja no sentido de remetê-los ao Tribunal de Júri para que, perante os jurados, sejam condenados pelo bárbaro crime que cometeram”, ressalta.

Especialista em direito e processo penal, o advogado criminalista foi nomeado, no último 16 de abril, assistente de acusação do caso ocorrido em fevereiro deste ano e que teve grande repercussão. “Queremos que os réus vão a júri popular. Este foi um dos casos mais chocantes de violência contra a mulher que vimos nos últimos anos. Houve requinte de crueldade e a vítima só sobreviveu porque se fingiu de morta. Ela foi abandonada na BR-324 e se não fosse por populares que a socorreram, talvez o desfecho fosse ainda pior”, afirma o advogado.

Segundo a acusação, em 28 de fevereiro deste ano, o ex-namorado da vítima, Fábio Barbosa Vieira e outros dois rapazes, Alex Pereira dos Santos e Adriano Santos de Jesus, foram buscar Isabela no trabalho. “Durante o trajeto, os dois amigos que estavam no banco de trás, a pedido do ex-namorado, desferiram as 68 facadas na fisioterapeuta, com o objetivo de ceifar-lhe a vida”.
Ainda de acordo com o advogado, Isabela pediu ajuda na BR e foi levada para um hospital. Lá, a família da vítima ligou para o ex-namorado, que foi até o local para ver a fisioterapeuta. “Ele foi preso no hospital. Os três ainda estão presos no Complexo da Mata Escura. Isabela vem se recuperando bem e lutando diariamente para minimizar as sequelas, físicas e psicológicas, decorrentes da ação dos acusados”, acrescenta.

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