Justiça

TJ-BA e AMAB repudiam teor preconceituoso em questão de concurso aplicado pela FGV

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Prova foi realizada para o Tribunal de Justiça do Ceará no último fim de semana  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 20/09/2019, às 12h13   Yasmin Garrido


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O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e a Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB) repudiaram, por meio de nota, a prova de concurso público, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), aplicada ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), no último domingo (15).

Uma das questões, que tratava da qualidade da Justiça, mencionava que existem três tipos: a boa, a ruim e a baiana. De acordo com o presidente do TJ-BA, desembargador Gesivaldo Britto, a proposição “possui caráter pejorativo, que macula a imagem, não só do tribunal baiano, como de todo o Poder Judiciário Nacional”.

O desembargador disse, também, que “considera afrontoso desrespeito à honra e à imagem” do tribunal a menção da Justiça baiana na questão sobre a qualidade do judiciário. A AMAB disse que a “citação se distancia do papel de uma conceituada instituição organizadora de certames, sobretudo de um Tribunal de Justiça, fazendo referência a um outro Estado coirmão de maneira jocosa”.

A Associação dos Magistrados lembrou, ainda, que o TJ-BA se destacou como o mais produtivo entre os de porte médio, e o terceiro com melhor Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) do país, conforme dados do relatório Justiça em Números 2019, ficando atrás apenas de Rio de Janeiro e São Paulo.

“A AMAB considera lastimável tamanha falta de respeito e repele, com veemência, o ocorrido”, escreveu em nota. O TJ-BA afirmou que “adotará as medidas que entender necessárias à justa reparação”. Gesivaldo Britto enviou, nesta sexta-feira (20), uma carta ao presidente do TJ-CE, desembargador Washington Luís Bezerra de Araújo, pedindo esclarecimentos sobre o ocorrido.

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