Justiça

Audiência sobre morte de professora de dança atropelada por médica é adiada

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Publicado em 29/01/2020, às 20h14   Redação BNews



Foi adiada para abril a terceira audiência sobre o caso da morte da professora de dança Geovanna Alves Lemos, 41 anos, ocorrida em 15 de março de 2018. Ela morreu após a moto em que estava ser atingida pelo carro, modelo Kia Sportage, conduzido pela médica Rute Nunes de Oliveira Queiroz, na Avenida ACM. A defesa da acusada alegou necessidade de atendimento médico a um dos advogados para não comparecer na oitiva realizada 16ª Vara Criminal de Salvador, no Fórum de Sussuarana.

"A audiência não ocorreu porque a defesa da médica se valeu de subterfúgios processuais para poder não comparecer em desrespeito ao devido processo legal, em desrespeito ao poder judiciário, à medida em que atravessou nos altos uma petição alegando uma suposta contigência médica dos advogados, quando em verdade, o escritório tem outros advogados. Então, não é porque um advogado estaria supostamente passando por um problema médico, que não poderia indicar outro", declarou Hermano Gottschall, advogado que representa a família da vítima.

Na denúncia oferecida pelo Ministério Público da Bahia, a médica dirigia em alta velocidade, fazendo uso de telefone celular, conforme relatos de testemunhas e confirmado por laudo pericial da polícia técnica. Ao perder o controle do veículo, a médica teria arrastado a motocicleta em que estava a vítima, que foi arremessada no asfalto. Em seguida, segundo relatos, Rute teria acelerado o carro e acabou passando por cima do corpo da professora, que veio morreu com severos traumatismos.

"Hoje era a audiência que seria colhido o depoimento da ré, que atropelou de maneira estúpida e negligente a Geovana, levando ela a óbito, e portanto, os advogados se valeram desse artifício processual para se esquivar dessa audiência e com objetivo único de protelar o andamento, de postergar, ou seja, colocar o processo pra frente em nítida má fé processual. E pior, fez isso através de uma petição atravessada na madrugada de ontem para hoje, não dando às partes prévio conhecimento, fazendo com que a família da Geovana se deslocasse para o Fórum crimininal e tenhamos todos perdido tempo, dinheiro, despesa, causando transtorno a todo mundo", completa.

A médica responde a ação penal pública pelo crime de homicídio culposo e foi enquadrada também no artigo 70, do Código Penal, por ter deixado de prestar socorro à vítima e pela tentativa de fugir do local do crime.

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