Justiça

Justiça proíbe venda de livro que sugeria agressões físicas para educar crianças

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A orientação era usar vara e que não ocorresse em locais visíveis no corpo  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Redes Sociais

Publicado em 29/07/2020, às 10h02   Redação BNews


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Um livro, que sugeria agressões físicas para educar os filhos, foi proibido pela Justiça do Rio de Janeiro nesta terça-feira (28). A orientação era usar vara e colher de silicone e que não ocorresse em locais visíveis no corpo.  

O livro ‘O que toda mãe gostaria de saber sobre disciplina bíblica’, de Simone Gaspar Quaresma foi proibido de circular pela 1° Vara da Infância, Juventude e do Idoso da Capital, que atendeu uma ação civil pública pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). A autora fala que violência física em crianças é melhor, pois, na adolescência, fica mais difícil educar. Ela ainda critica os pais que não utilizam esse método. 

O  Juiz Sergio Luiz Ribeiro de Souza, afirma, em sua decisão, que a ré tem plena ciência do que prega é contrário à lei, ainda mais que o incentivo é para agredir em locais que não seja visível e que o livro, em todos os trechos que fala sobre qualquer tipo de violência, seja física ou psíquica, agride a Constituição Federal: “O perigo de dano é evidente, haja vista que os livros e vídeos incitando os pais a agredirem seus filhos estão acessíveis ao público, colocando em risco a integridade física de crianças e adolescentes", diz trecho do despacho.

O Juiz também determinou que, além da proibição do livro, também fosse retirado da internet as palestras da autora “Mulheres Piedosas”, sob o pagamento de multa.

Classificação Indicativa: Livre

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