Justiça

Messer diz que entregava dólares aos Marinho; Herdeiros da Rede Globo negam

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Autoridades que leram a delação salientam que o "doleiro dos doleiros" não apresentou provas para as acusações que fez  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 17/08/2020, às 13h35   Redação BNews


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O "doleiro dos doleiros" Dario Messer citou supostos serviços prestados para a família Marinho, dona da Rede Globo, em sua delação homologada pelo Ministério Público Federal (MPF). 

De acordo com informações da revista Veja, em depoimento realizado em 24 de junho, Messer afirma ter realizado repasses de dólares em espécie para os Marinho em várias ocasiões. 

Segundo o doleiro, a entrega dos pacotes de dinheiro acontecia dentro da sede da Rede Globo, no Jardim Botânico. Ele diz que um funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 000 e 300 000 dólares.

No depoimento, Messer diz ter começado a fazer negócios com os Marinho por intermédio de Celso Barizon, supostamente gerente da conta da família no banco Safra de Nova York. 

Messer também conta que os repasses teriam começado no início dos anos 1990, quando tocava sua operação de dólar a partir do Rio de Janeiro. Segundo essa versão, os valores em espécie entregues no Brasil seriam compensados pelos Marinho no exterior, por intermédio da conta administrada por Barizon. 

Os Marinho, por sua vez, depositariam para Messer (no exterior também) o valor entregue em dinheiro vivo no Brasil. A pessoa responsável por receber o dinheiro seria um funcionário identificado como José Aleixo. 

Autoridades que leram a delação salientam que o doleiro não apresenta provas dessas entregas de dólares e cita em depoimento que nunca teve contato direto com os Marinho. Por meio de nota, Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho negaram o que foi dito por Messer em depoimento.

“A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades”, diz o comunicado.

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