Lava Jato e União brigam por obras de arte da família Messer

As obras de arte da família do doleiro Dario Messer avaliadas em R$ 10 milhões agora são alvo de uma briga judicial entre a força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio e a União que tentam dar um destino as peças de artistas como Di Cavalcanti, Djanira e Emeric Marcier.

Enquanto o Ministério Público Federal quer doar as obras para o Instituto Brasileiro de Museus e para o Museu Nacional de Belas Artes. A União quer leiloar os quadros para que o dinheiro arrecadado seja destinado aos cofres federais. A informação é da CNN Brasil.

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Messer é conhecido como o "doleiro dos doleiros" por estar no radar das autoridades desde a década de 80 e por ter prestado depoimento em três operações diferentes da Lava Jato. De acordo com a polícia, ele chegou a movimentar 1,6 bilhão de dólares em operações ilegais de câmbio em 52 países.

Ainda de acordo com a reportagem da CNN, o acervo da família do doleiro é composto por 10 telas do pintor brasileiro Di Cavalcanti, um quadro da também brasileira Djanira de Motta e Silva e outro do romeno Emerie Marcier.

O juiz Marcelo Bretas, 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, deu parecer favorável à União. Mas, em julho deste ano, os procuradores da Lava-jato recorreram ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região com um pedido de medida cautelar. O caso foi encaminhado ao desembargador Abel Gomes que, no dia 17 de julho, concedeu a medida cautelar suspendendo o leilão das obras até o julgamento do mérito pela Primeira Turma do TRF-2.