Justiça

Cristiane Brasil se defende de denúncia de corrupção e diz que só ‘empobreceu na política’

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Ela é alvo da Operação Catarata  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Redes sociais

Publicado em 11/09/2020, às 17h36   Redação BNews


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Com o pedido de prisão decretado, a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB) se apresentou na tarde desta sexta-feira (11) na Secretaria de Polícia Civil, no Rio de Janeiro. Ela chegou ao local junto com dois advogados e desmentiu a delação que a indicou como membro de um esquema de corrupção que teria desviado R$ 30 milhões dos cofres públicos entre 2013 e 2018.

“Ainda estou tomando ciência da denúncia, mas, pelo que sei até o momento, botam duas pessoas como sendo minhas ‘mulheres da mala’. Sendo que uma delas, Sueli, eu nem tenho ideia de quem seja. A outra citada, a Vera, é minha amiga de anos e chefiou meu gabinete. Mas nunca participou de nenhuma irregularidade”, afirmou Cristiane.

A ex-deputada é filha de Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, e tinha planos de se candidatar à prefeitura do Rio de Janeiro ou apoiar o nome indicado pelo PSL para a disputa municipal. Ela é alvo da Operação Catarata.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio, a ex-parlamentar e o secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes, receberam propina em dinheiro em um esquema de desvios em contratos de assistência social no governo do estado e na prefeitura carioca.

Ao todo, 25 pessoas foram denunciadas e viraram rés. “Pedro Fernandes (3º- “chefe”), ainda na condição de então Deputado Estadual não reeleito, recebia as propinas em dinheiro, sendo que os valores das vantagens indevidas eram tão elevados (25% do valor pago pelo erário referente ao contrato) que, além de serem pagos parceladamente, era mantida uma “conta corrente informal da propina” 50 junto à Servlog Rio, que era administrada por Flávio Chadud (1º), Bruno Campos Selem (7º) e Marcus Vinícius (8º), o que possibilitava que aquele recebesse mensalmente parcelas dos valores espúrios, em espécie”, revela a investigação.

Cristiane alegou que a sua relação com o empresário Flávio Chadud era de amizade. "Eu o conheci na prefeitura, quando era secretária de Envelhecimento Saudável. Viramos amigos. Depois disso, se houve alguma irregularidade em contratos da Fundação Leão XIII, isso não tem relação comigo. Eu só empobreci na política”, destacou Cristiane.

Segundo O Globo, ela disse achar estranho o fato de ter sido decretada a prisão sem prazo para a sua saída (preventiva). “É muito estranho decretarem minha prisão preventiva, enquanto a do Pastor Everaldo, acusado de ser o chefe do esquema da Saúde no estado, inicialmente foi temporária (de cinco dias). Tenho endereço fixo e não represento ameaça à investigação”, comparou.

Antes de se entregar, ela publicou um vídeo em suas redes sociais no qual escreveu: "A caminho de mais uma etapa difícil que enfrentarei de cabeça erguida. Não desisti da luta antes, não desistirei agora".

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