Justiça

Celular escondido em roupas foi peça chave de investigação sobre suposto esquema de corrupção na prefeitura do Rio

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Telefones apreendidos revelaram proximidade entre o empresário Rafael Alves e Crivella  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 14/09/2020, às 09h06   Redação Bnews


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Um aparelho celular que estava escondido em uma pilha de roupas, na casa do empresário Rafael Alves, foi a peça chave para entender o funcionamento do esquema de corrupção na prefeitura do Rio. De acordo com o Globo, o telefone, entre os quatro apreendidos, era o que vinha sendo usado pelo empresário em março deste ano, quando a Polícia Civil e o MP realizaram busca e apreensão em sua residência em um condomínio na Barra da Tijuca.

O aparelho tocou durante a presença dos investigadores na casa. Um vídeo obtido pela GloboNews mostra um delegado atendendo a suposta ligação. Do outro lado da linha o prefeito Marcelo Crivella, em busca de informações sobre a operação que ocorria. Ele desligou quando percebeu que não era o empresário.

Ainda de acordo com o Globo, além dos aparelhos celulares, foram encontradas joias, relógios e uma bolsa com R$ 50 mil. Para o MP, esse poderia ser “uma espécie de veículo de fuga”, ou seja, um carro pronto para permitir que Rafael fugisse, se necessário. O empresário alegou que tudo dentro do veículo era de Shanna Harrouche Garcia, sua ex-mulher e filha do bicheiro Waldemir Paes Garcia, o Maninho.

A análise dos telefones demonstrou que, entre maio de 2016 e março deste ano, o prefeito e o empresário trocaram 1.949 mensagens, o que acabou por revelar a estreita ligação entre ambos e a extensão do esquema pelo qual são investigados. A comunicação entre os dois muitas vezes era cifrada, dificultando a compreensão de terceiros. Boa parte do conteúdo dos celulares foi apagada, mas os investigadores conseguiram recuperá-la.

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