Justiça

Caso Carrefour: Seis envolvidos na morte de João Alberto viram réus

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O pedido de prisão de Rafael Rezende e Kleiton Silva Santos, funcionários da loja, e de Paulo Francisco da Silva, que trabalhava na empresa de segurança terceirizada Vector, foi negado  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ TV Globo

Publicado em 18/12/2020, às 22h18   Redação BNews


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Quase um mês após o crime, os seis envolvidos na morte de João Alberto Silveira Freitas, negro espancado em uma unidade do supermercado Carrefour, viraram réus nesta sexta-feira (18), por decisão do Tribunal de Justiça. 

O pedido de prisão de Rafael Rezende e Kleiton Silva Santos, funcionários da loja, e de Paulo Francisco da Silva, que trabalhava na empresa de segurança terceirizada Vector, foi negado. Eles respondem por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Na avaliação da juíza da 2ª Vara do Júri de Porto Alegre, Cristiane Busatto Zardo, os três tiveram uma participação de menor importância no homicídio, além de não terem antecedentes criminais, possuírem emprego e residência fixas. "Não representam risco à instrução criminal e nem demonstram risco de se evadirem ao processo, ao menos, não até agora", disse a magistrada. O Ministério Público e a Polícia Civil tinham pedido prisão preventiva para os acusados.

Adriana Alves Dutra, fiscal da loja que acompanhou os seguranças enquanto eles agrediam João ficará em prisão domiciliar por questões de saúde. A juíza analisou que ela teve participação direta na morte, já que as imagens mostram que ela observa os colegas e chama os demais denunciados pelo rádio. Ela poderia ter parado as agressões, mas não o fez.

Os dois seguranças, Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, continuam presos. "Os indícios suficientes de autoria estão presentes, para os seis denunciados, nas filmagens, declarações de testemunhas, e até, pelas declarações de alguns dos denunciados colhidas na fase inquisitorial. As qualificadoras não podem ser afastadas nesta fase", destacou a juíza.

O crime fará um mês no sábado (19). Beto foi morto aos 40 anos, na véspera do Dia da Consciência Negra, em Porto Alegre.

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