Justiça

Cármen Lúcia encaminha notícia-crime contra Ricardo Salles para PGR

Marcelo Camargo/Agência Brasil
A corte deve julgar supostas infrações penais cometidas por Salles, que já é investigado pela Polícia Federal depois de ter sido denunciado por ter auxiliado lenhadores ilegais na captura de madeira  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 27/04/2021, às 21h03   Redação BNews


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Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia enviou à Procuradoria-Geral da República, nesta terça-feira (27), uma notícia-crime contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A corte deve julgar supostas infrações penais cometidas por Salles, que é investigado pela Polícia Federal por ter auxiliado lenhadores ilegais na captura de madeira.

"Pelo exposto, nos termos do inc. XV do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino seja a presente petição encaminhada para manifestação da Procuradoria-Geral da República. Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2021", diz trecho da decisão da ministra Cármen Lúcia, que aprensentou a notícia-crime contra Salles após pedidos do PDT e da Polícia Federal. 

Segundo o Uol, o delegado Alexandre Saraiva, ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, relatou que Salles favoreceu os madeireiros "de forma muito explícita", e que era uma obrigação denunciá-lo. Saraiva foi distanciado do cargo um dia depois de ter enviado a ação contra o ministro do STF. O governo federal colocu o delegado Leandro Almada da Costa no seu lugar. 

"Ele [Salles] estaria atuando e favorecendo os madeireiros, e isso foi feito de uma forma muito explícita. Tem vídeo dele apontando para a placa de uma empresa investigada que, segundo ele, 'estava tudo certinho' e que, na verdade, em relação a esta empresa, já existia até laudo pericial apontando as ilegalidades cometidas", disse Saraiva em entrevista ao jornal O Globo.

Saraiva trabalhava no cargo de delegado na Amazônia há cerca de 10 anos. Segundo ele, foi "um ponto fora da curva" as pressões sofridas depois de ter encaminhado as denúncias contra o ministro do Meio Ambiente ao Supremo. 

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